terça-feira, 25 de julho de 2017

ARENGA 439


Os jovens haverão de se ver em palpos de aranha no dia em que o saco da natureza não aquentar mais tanta encheção e pipocar um desastre que os impeça de futucar telefone, como, por exemplo, um desastre climático do qual decorra falta de energia elétrica. Por outro lado, os jovens haverão de se ver em palpos de duas aranhas se nada os impedir de futucar telefone porque a futucação os está transformando em zumbis ao eliminar neles a necessidade de comunicação pessoal indispensável à sanidade mental da qual depende a saúde física, da qual depende a saúde social. Quanto mais a sociedade afunda no caos, mais os jovens se desligam do mundo real e se integram nos mundos virtuais da tecnologia e da religiosidade. Ao ser abordado por um jovem que me propôs contribuir com certa quantia para participar de determinado projeto divino para socorrer pobres, recusei porque embora aquele jovem espiritualmente maltrapilho não sabe que problemas sociais não se resolvem com esmola, mas com política, esta é a verdade desconhecida pelos babacas que contribuem para a campanha do quilo. Depois de despachar o insatisfeito e pobre jovem, fiquei a pensar porque Deus não faz seu próprio dinheiro, o que seria moleza para quem fez o universo. Concluí que deve ser por causa da inflação, esta impropriedade própria para maltratar os pobres, Seus infelizes favoritos por serem pobres num mundo tão apaixonado por dinheiro que colocou seu bem-estar na dependência de um monstro chamado mercado cuja função e carrear dinheiro do onde tem menos para onde tem mais. O dinheiro que alimenta esse mastodonte impiedoso é arrancado da massa bruta de povo que em obediência ao seu chamado, sob pretexto de ser necessário homenagear pais, crianças, namorados, cães e gatos, avança furiosamente para as lojas numa fúria de Vikings. Não satisfeitos com as lojas locais, esvoaçam aos cardumes para as lojas de Me Ame. O monstro mercado produz desarmonia social por causar antagonismo entre quem vende e quem compra uma vez que quem vende quer vender pelo maior preço e quem compra quer comprar pelo menor. Ainda por cima, é um monstro tão esperto que assegura defensores em troca de bons empregos. O mercado financeiro, então, este tem para o corpo do monstro mercado a mesma serventia que tem o braço direito para o corpo humano de quem é destro. Sua principal função é permitir que a parcela de um por cento da humanidade escravize as outras noventa e nove parcelas com o consentimento e satisfação dos escravizados. Que mundo esquisito é esse no qual escravos festejam alegremente sua escravidão, se os escravos do regime escravagista a lamentavam em cantos tristes?

Incorre em erro quem acredita ser eterna a escravização que faz imenso contingente de bichos com forma de gente, e que poderiam ser gente, apinhar os coletivos esbaforidos para marcar o ponto em obediência ao apito da fábrica de fabricar dinheiro para os infernos fiscais. Esta escravidão tem se mantido graças à lentidão com que evolui a mente humana, responsável pelas mudanças. Se através da Alegoria da Caverna, Platão mostrou a dificuldade de substituir pela verdade uma mentira tão enraizada na mente que tomou foros de verdade, outro grande pensador, Joseph Pulitzer, através do exemplo da rosa e do jardineiro, mostrou ser efêmero algo considerado eterno. Para tanto, inventou o pensador uma situação na qual uma flor, a rosa, por ter sua vida limitada a poucos dias depois de desabrochar, acreditava ser eterno o jardineiro porque o via cuidando do jardim desde que ela nascera até que morrera. A alegoria retrata com perfeição a comodidade dos Reis Midas do mundo em suas imensas fortunas, sem, entretanto, em função do costume, perceber que a seu redor olhos famintos os espreitam com animosidade. Entretanto, nem o poder extraordinário do pão e circo, tão extraordinário que é capaz de convencer serem as brincadeiras mais importantes do que as coisas sérias poderá manter eternamente noventa e nove por cento de povo na condição ridiculamente subalterna de capachos do grupinho insignificante numericamente de um por cento de pessoas com o rabo aboletado sobre o fabuloso tesouro de noventa e nove por cento da riqueza do mundo. Mais dia menos dia, germinará a semente da verdade nas mentes ainda inférteis da massa bruta de frequentadores de igrejas e futebola, e ao perceber a situação humilhante a que é submetida desde sempre, banirá os ricos da face da Terra através de processo inteligente porque na base da violência não funcionará visto que os ricos, por serem parceiros de Satanás, também contam com um poder satânico que os faz ressurgir das cinzas e da destruição por balas, foices e machados.

Alguns tópicos do livro Política, Ideologia e Conspirações, de Garry Allen e Larry Abraham dão uma amostra da aberração e desumanidade a que é submetida a massa bruta de povo que nem sequer desconfia do papelão de trouxa que lhe cabe dentro da organização política do mundo: Na página 43, tem-se seguinte: “Como ocorre com as empresas, nenhum governo consegue pegar grandes empréstimos se não tiver disposto a ceder ao credor alguma medida da própria soberania como garantia. Sem dúvida, banqueiros internacionais que emprestam centenas de bilhões de dólares para vários governos ao redor do mundo têm influência considerável nas medidas desses governos. Mas a suprema vantagem do credor sobre o governo é que se o governante sair da linha, o banqueiro pode financiar o seu inimigo ou rival. Portanto se você deseja permanecer no lucrativo ramo de financiamento de governos é prudente ter um inimigo ou rival esperando nos bastidores para depor todos os governos que você financia. Se o governo não tiver inimigos, você precisará criá-los. Preeminente nesse jogo foi a famosa Casa dos Rothschild. Seu fundador, Meyer Amschel Rothschild (1742-1812), de Frankfurt, na Alemanha, deixou um dos seus cinco filhos em casa para gerir o banco de Frankfurt e mandou os outros para Londres, Paris, Viena e Nápoles. Os Rothschild ficaram imensamente ricos no século XIX financiando governos para que lutassem uns contra os outros”.

E aí, como fica você bicho povo? Você existe apenas para tocar a máquina de fazer dinheiro desses monstros de cuja boca escorre baba de dragão. Então, você, bicho povo, vai morrer e matar nas guerras para que seus governos paguem os bilhões tomados dos malditos agiotas internacionais, e que nenhum benefício lhe trará esse dinheiro porque o destino dele é o que está mostrando a Lava Jato? Você, bicho povo, está destinado ao ridículo de morrer defendendo os lucros destes insaciáveis parasitas da humanidade, e depois ser homenageado com uma rudia de flores colocada no pé de um poste de cimento por um engalanado oficial de exército a serviço destes mesmos agiotas. O destino destinado ao povo é tão cruel que sendo judeus, os agiotas internacionais dos Rothschild, ainda segundo o mesmo livro, na página 45, financiaram Hitler e a matança dos judeus, o povo da preferência de Deus. Povo, na verdade, é exatamente aquilo que os filmes mostram sobre os judeus. Um amontoado de humildes farrapos humanos conduzido feito boiada para o matadouro sem esboçar qualquer tipo de reação. Triste, muito triste tem sido o destino do bicho povo, e continuará cada vez mais triste enquanto a juventude, a força capaz de mover o mundo, estiver sob o domínio satânico do pão e circo que convence os jovens de que campos de futebola são mais importantes do que escolas e hospitais. Inté.

 

     

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