terça-feira, 11 de julho de 2017

ARENGA 436


Na época em que Sergio Cabral era senador, foi quando pela primeira vez o PT mostrou seu mal caráter de não ter outra pretensão senão buscar dinheiro onde quer que houvesse a fim de comprar poder com o qual buscar mais dinheiro para comprar mais poder até que fosse possível fazer o que a Lava Jata está mostrando. A respeito do estelionato que o PT engendrava, Frei Beto foi feliz na expressão “trocar o projeto político por um projeto de poder”, no seu livro A Mosca Azul. Esse projeto de poder estava escondido atrás do falso projeto político no bojo do qual havia duas promessas que se efetivadas representaria um salto de mil anos de civilização para esta sociedade infeliz: COBRAR IMPOSTO SOBRE AS GRANDES FORTUNAS E FAZER A REFORMA AGRÁRIA. Houvesse a justiça prometida no recolhimento de impostos, não ficariam de fora as igrejas uma vez que se prometia cobrá-los SOBRE GRANDES FORTUNAS. Muita coisa se esconde atrás desse negócio de serem isentas as grandes fortunas do estelionatários representantes de Deus. Por que será, heim? Mas o certo é que o PT prometia cobrar impostos sobre as grandes fortunas e moralizar os gastos públicos com o que estaria afastada por completo a causa do mal-estar social. A segunda promessa, a de dar às terras sua finalidade de produzir alimento em vez de servir para produzir as fortunas dos magnatas do agribiuzinesse, reduto dos parasitas da sociedade de cuja ação resultam alimentos envenenados que produzem cânceres e solos desertificados, maldição estranhamente considerada útil pela jornalista e escritora Rachel Sheherazade no livro O Brasil Tem Cura, ao mencionar o agro negócio que na verdade é uma agro ladroagem prá cima do BNDES. Mas a bela jornalista vê esta sacanagem como algo positivo.

A ligação entre Sergio Cabral e PT está na defesa que o então senador Cabral fazia contra talvez o primeiro golpe do PT ao remendar a constituição para tornar os aposentados também sujeitos ao recolhimento previdenciário de que eram isentos até então.  Como povo não vê, porque povo não tem olhos de ver, nem discernimento para concluir, por estar hipnotizado pelo pão e circo, desta forma não percebia que o senador estava também arquitetando seu estelionatozinho particular quando esbravejava que era uma grande maldade contra os velhinhos. Assim, engabelou velhinhos e novinhos cariocas, e depois de roubá-los à larga, certamente por orientação de advogados, que em troca de parte do roubo mandou-o afirma ao doutor Marcelo Bretas que nunca houve propina. “Que história é essa? Que maluquice é essa?” espantou-se o ladrão do dinheiro dos velhinhos que defendia no Senado. É a materialização perfeitíssima do ladrão criado pelo genial Zé Vasconcelos que ao ser flagrado carregando um porco roubado gritou apavorado para que lhe tirassem aquele bicho das costas.

Quando um politiqueiro se arvora em defesa de uma classe social é por estar de olho no voto de seus integrantes. É por isso que precisa ver com restrição a indignação de politiqueiros contra a armadilha que o governo de banqueiros prepara para os aposentados e não aposentados com a Reforma da Previdência e da Legislação Trabalhista. Os que bradam contra estão tão interessados nos velhinhos e nos novinhos quanto estavam os argumentos de Sergio Cabral na defesa deles contra a maldade do PT que se revelou por completo, embora o povo ainda não saiba, motivo pelo qual seu chefe, personagem do livro O Chefe ainda merece crédito por boa parcela do povo, o que se explica pela realidade de que povo existe mesmo é para ser objeto de maldades. Não fosse assim os advogados tão malandros quanto os politiqueiros não ficariam ricos repartindo com os ladrões do erário o produto do roubo. São senhores grisalhos afirmando categoricamente ser injustiça acusar o ladrão de ser ladrão. Pior ainda é que estes ladrões que os “ilustres”        advogados defendem são o pior tipo de ladrões porque estão arrodeados de proteção. Além da proteção de advogados tidos como excelentes profissionais, mas que são comparsas por levarem parte do roubo, sem se envergonharem do péssimo exemplo que dão aos filhos. Além desta proteção, os ladrões do erário ainda contam com a proteção da solidariedade de seus colegas também ladrões.

Não fosse a sina triste de ser povo, o que equivale a estar sempre de quatro para ser desfrutado, os filhos dessa gente asquerosa seriam hostilizados na escola e seria necessário haver escolas exclusiva para os ratinhos, futuros ratões, se é verdade que tal pai, tal filho. Pelo menos no que diz respeito a quem substituirá o presidente deste povo infeliz, a ser defenestrado por banditismo segundo a imprensa, também segundo a imprensa fica confirmado o “tal pai, tal filho”. Não se pode mais desconhecer que da atividade política não faz parte o bem-estar social. Estas pobres criaturas que aos prantos dizem esperar justiça por parte das autoridades só não causam espanto por se tratar de povo, o que dispensa qualquer estranhamento quanto a comportamentos estúpidos uma vez estar certo que o bom mesmo virá depois de esticar as canelas. Inté.

 

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