segunda-feira, 20 de junho de 2016

ARENGA 278




O fato de não se saber para onde ir quando o lugar em que se está se torna insuportavelmente insalubre não justifica a permanência naquele lugar. Nem mesmo a incapacidade mental do povo impediu esta constatação quando se afirma ser admissível errar, mas ser inadmissível permanecer no erro. Sendo inegável tal realidade, faz-se extremamente necessário não permanecer no ambiente social em que nos encontramos, tão perigosamente insalubre que a desordem de muito superou a ordem e anulou completamente a função organizadora do Estado de impor ordem e virou às avessas de tal forma que o Estado passou a promotor de desordem. As atividades policiais e judiciárias, por exemplo, as que estão mais diretamente ligadas à questão da manutenção da ordem social, estão impregnadas de desordeiros. São policiais e juízes fazendo exatamente o contrário do que precisa ser feito a fim de que a sociedade pudesse funcionar.  As mortes de PC Farias, Suzana Marcolino, Celso Daniel e Toninho do PT são “mistérios” apenas para a polícia e a justiça porque para ninguém mais há dúvida que autoridades empenhadas na desordem social providenciaram não só suas mortes, mas também a de quem contrariar seus ímpetos criminosos. Aí está para dobrar o poder do Estado de impor pena a criminosos a esquisitíssima instituição do Foro Privilegiado, excrescência que beneficia escritórios famosos de advogados multimilionários cujos narizes crescem a cada dia. A administração pública tomou rumo tão errado que o Jornal Nacional mostrou a Chefe de Estado brasileira ao lado de velho coxo numa cena patética inaugurando uma piscina fabulosa para brincadeiras no Rio de Janeiro, enquanto aquele estado se vê na bancarrota, embora seu governador e a mulher dele estejam multimilionários e pesquisas mostram haver vertiginoso crescimento da riqueza dos ricos e vertiginoso crescimento da pobreza dos pobres. Não é por falta de aviso que a guilhotina voltará. De há muito Boris Casoy avisa com razão que o Brasil precisa ser passado a limpo. Chega à bizarrice falar-se em Conselho de Ética e Decoro Parlamentar num ambiente onde um deputado se dirige a outra aos berros de VAGABUNDO, BANDIDO, LADRÃO SAFADO! E pensar que são estes deputados que pretendem fazer a reforma política... Inté.

         

 

 
          
 

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