O fato de
não se saber para onde ir quando o lugar em que se está se torna
insuportavelmente insalubre não justifica a permanência naquele lugar. Nem mesmo
a incapacidade mental do povo impediu esta constatação quando se afirma ser
admissível errar, mas ser inadmissível permanecer no erro. Sendo inegável tal
realidade, faz-se extremamente necessário não permanecer no ambiente social em
que nos encontramos, tão perigosamente insalubre que a desordem de muito
superou a ordem e anulou completamente a função organizadora do Estado de impor
ordem e virou às avessas de tal forma que o Estado passou a promotor de
desordem. As atividades policiais e judiciárias, por exemplo, as que estão mais
diretamente ligadas à questão da manutenção da ordem social, estão impregnadas
de desordeiros. São policiais e juízes fazendo exatamente o contrário do que
precisa ser feito a fim de que a sociedade pudesse funcionar. As mortes de PC Farias, Suzana Marcolino,
Celso Daniel e Toninho do PT são “mistérios” apenas para a polícia e a justiça
porque para ninguém mais há dúvida que autoridades empenhadas na desordem
social providenciaram não só suas mortes, mas também a de quem contrariar seus
ímpetos criminosos. Aí está para dobrar o poder do Estado de impor pena a
criminosos a esquisitíssima instituição do Foro Privilegiado, excrescência que
beneficia escritórios famosos de advogados multimilionários cujos narizes
crescem a cada dia. A administração pública tomou rumo tão errado que o Jornal
Nacional mostrou a Chefe de Estado brasileira ao lado de velho coxo numa cena
patética inaugurando uma piscina fabulosa para brincadeiras no Rio de Janeiro,
enquanto aquele estado se vê na bancarrota, embora seu governador e a mulher
dele estejam multimilionários e pesquisas mostram haver vertiginoso crescimento
da riqueza dos ricos e vertiginoso crescimento da pobreza dos pobres. Não é por
falta de aviso que a guilhotina voltará. De há muito Boris Casoy avisa com
razão que o Brasil precisa ser passado a limpo. Chega à bizarrice falar-se em
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar num ambiente onde um deputado se dirige
a outra aos berros de VAGABUNDO, BANDIDO, LADRÃO SAFADO! E pensar que são estes
deputados que pretendem fazer a reforma política... Inté.
Será necessário haver tanta pobreza, choro, sofrimento? Que jovens pobres tenham que se endividar para estudar? Estará certa a conduta tradicional de terem as pessoas de trabalhar para sustentar as autoridades vivendo em palácios e com todas as suas necessidades pagas, inclusive riqueza pessoal para levar quando deixarem seus postos de trabalho? Há necessidade de tantas autoridades? Que tal matutarmos sobre estas coisas? Este é o objetivo deste blog. Nenhum mal haverá de fazer.
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