quinta-feira, 23 de junho de 2016

ARENGA 279




Dirijo-me a quem perca tempo lendo estas mal traçadas porque há quem as lê como prova o registro de quase vinte mil visitas a esse blog desengonçado. Peço, pois, a estes desocupados que leiam o texto em negrito, depois do que exporei meu pensamento: “O espaço deve ser considerado como um conjunto de relações realizadas através de funções e de formas que se apresentam como testemunho de uma história escrita por processos do passado e do presente. Isto é, espaço se define como um conjunto de formas representativas de relações sociais do passado e do presente e por uma estrutura representada por relações sociais que estão acontecendo diante de nossos olhos e que se manifestam através de processos e funções. O espaço é, então, um verdadeiro campo de forças cuja aceleração é desigual. Daí porque a evolução espacial não se faz de forma idêntica em todos os lugares”. Alguém leu? Isto aí é de autoria do Mestre do Saber doutor Milton Santos, expoente da fina flor de nossa intelectual aristocracia literária. Agora, digaí quem tem juízo: Em que pode isto contribuir para o combate ao analfabetismo político, fonte de todas as infelicidade que assola não só a nós, mas também ao mundo? Coisas desse tipo dão-me ânimo para expor meus pensamentos, mesmo sem saber onde colocar as vírgulas ou a finalidade do ponto e vírgula, convicção de que dos intelectuais, mesmo aqueles cujas opiniões não são vendidas, não dá para esperar contribuição prática e necessária no sentido de trocar por sensatez a insensatez social que nos infelicita.  Primeiro, porque os intelectuais falam do modo falam de um modo que só eles alcançam o sentido de sua mensagem, não levando em conta que a única força capaz de promover mudança está depositada numa juventude cuja capacidade de percepção se encontra a uma distância tão grande do alcance de suas mensagens que não pode ser vencida nem por telescópio, razão pela qual, creio, para se dirigir à juventude talvez seja melhor por meio de quem escreva tão errado quanto os jovens.

Louvável o esforço de intelectuais como Stephen Hawking, Lawrence Wright, Richard Dawkings, e tantos outros, na tentativa de desfazer o crença em divindades por ser a influência mais perniciosa a prejudicar a evolução espiritual da humanidade. Entretanto, como tal crendice de tanto ser repetida tornou-se integrante da personalidade dos seres humanos, a tentativa de fazê-los caírem na realidade, basta insistir na praticidade de subir num murundu e olhar à volta e ver que a religiosidade enfraquece à medida que fortalece o conhecimento. Nos lugares de baixa escolaridade é onde ela é mais forte. Nos casebres fala-se infinitamente mais em Deus do que nos palácios. O Fato de abranger a religiosidade quase toda a humanidade não se deve a nenhuma força divina. Deve-se, isto sim, à falta de conhecimento da qual provém a facilidade com que aproveitadores convencem os inocentes de haver vantagem em lhes dar dinheiro para representá-los perante Deus. Isto já era praticado no Egito milenar quando sacerdotes usavam dos poderes do Livro dos Mortos de onde copiavam fórmulas mágicas que eram vendidas a fim de garantir ao defunto o direito de desfrutar das delícias do céu. O mal da religiosidade é impedir que a humanidade empregue seu próprio poder para estabelecer a paz necessária ao desenvolvimento espiritual que leva ao conforto pessoal, ficando a esperar que esta felicidade lhe caia do céu. Inté.

 
 


 

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