Só há um caminho capaz de conduzir a
humanidade para fora do atoleiro onde se acha por culpa da cultura do
enriquecimento particular que resulta em se tornar infeliz como a pobre
juventude rica americana surpreendida por ataques terroristas, resultado das maldades
inerentes às atividades de ajuntar riqueza privada, atividade que tem por
consequência o empobrecimento coletivo que leva aos acontecimentos tenebrosos
da França de 1789 e da Rússia de 1917.
Se ter paz e tranquilidade é a maior
aspiração de todas as pessoas mentalmente equilibradas que correspondem à
maioria absoluta dos seres humanos vez que o número de insanos é insignificante
em comparação aos normais, a realidade de ainda ser apenas utopia a aspiração
de paz e tranquilidade, de ser lembrada apenas quando se é vítima da aflição provocada
pela violência das guerras, tal realidade clama por caminhos menos insensatos
por onde caminhar.
“Best Sellers” abarrotados de
divagações que nada têm a ver com a luta de buscar sensatez para o mundo insensato
expõem a realidade de serem os intelectuais completamente inúteis nesse sentido,
embora deles deveria vir a maior participação. Um exemplo de divagação estéril
de intelectual: segundo o historiador Edward Mac Nall Burns, página 645 de
História Da Civilização Ocidental, o intelectualíssimo Edmund Burke, afirmava
que mudar os costumes como pretendia a Revolução Francesa era repudiar a
sabedoria acumulada durante séculos, e que uma geração não tem direito de se
arvorar em juiz das futuras necessidades da sociedade, além de que ignorar as
tradições legadas pelo passado é prejudicar o avanço da civilização.
Tal afirmação é sem cabeça nem pé
porque a geração de determinado momento histórico tem não só o direito, mas
também o dever de planejar e decidir sobre o que é bom ou ruim para a sociedade
futura na qual irá viver. Foi mantendo tradições que a juventude do mundo veio
parar no atoleiro em que se acha. A juventude do presente não estaria agora em
tão maus lençóis caso a juventude do passado tivesse se insurgido contra a
destruição da natureza, a exemplo do que diz o mesmo livro acima citado, página
664, que na época dos Stuarts a Inglaterra já havia exauridos suas
floretas.
Um exemplo mais atual? Na página 133
do livro Conversas Com Varga Llosa, consta que aquele Nobel de Literatura afirma
ser a literatura mais importante que a política. Que a política é efêmera enquanto
que a literatura é duradoura. Isto ultrapassa os limites da fantasia e entre na
área da idiotice. A esse respeito posso falar de cadeira porque até dezoito
anos de idade, o que se deu nos meados do século anterior, apesar de literatura
não fazer parte da vida em nosso meio rural, vivíamos maravilhosamente bem
apesar de ter matado pássaros e lagartixas (ainda bem que a maioria escapou). Vivíamos bem apesar de nunca termos
ouvido a palavra literatura porque podíamos satisfazer as necessidades
primárias. Nada nos faltava, exceto literatura. Agora, para quem não pode
comer, vestir, morar e ter assistência à saúde, o que depende da política, o
que é mais importante, política ou literatura?
Pior do que a inutilidade dos intelectuais
na luta por um mundo melhor é a prejudicialidade dos religiosos. Professando
ideias com ranço de múmia, impedem a superação do atraso mental. Um exemplo? Na
mesma página 645 do livro de Burns citado acima consta que no século XVIII
Joseph de Mainstre recomendava que a vida devia seguir os rumos indicados pela
fé, tradição e infalibilidade da igreja em detrimento das recomendações
oriundas da ciência e da razão.
Isto é de uma insanidade de clamar
aos infernos. Supõe que conversar com estátuas ou feijão milagroso é mais
eficiente do que vacina para prevenção do vírus “comunista “. Supõe que a Terra
não é o centro do universo, ou que a pandemia decorre de bruxaria. Um exemplo mais atual? Aí está um governo teocrático
com a educação religiosa da fase mais obscura da Idade Média, querendo colocar
no cargo de ministro do STF um adepto do estelionato de vender proteção divina
e feijão milagroso.
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