Apesar de tudo se saber sobre
geografia, posto que nada mais há de desconhecido sobre o planeta, e até já se
sabe muita coisa do universo e profundezas dos mares, no que diz respeito à
qualidade de vida, entretanto, a coisa é diferente. Muito diferente porque nem
se sabe ainda que a qualidade de vida depende da forma como é exercida a
atividade mais importante para a humanidade que é a atividade governamental que
apesar da importância até doutores dizem não querer se envolver com ela. Dependente
a população da atividade governamental de forma tão absoluta que segundo
Laurentino Gomes quando a corte portuguesa fugiu para o Brasil, o povo
português sentiu-se órfão e lamentava sem saber o que fazer. Ante tamanha
dependência era de se esperar que os governos cuidassem de suas populações com
o mesmo zelo do pai responsável. Entretanto, desde que se tem notícia de
governos é cuidando dos interesses das classes sociais consideradas superiores que
desfrutam sem nada produzir e contra as aspirações do povo que tudo produz sem de
nada desfrutar. Tem-se, pois, uma situação tão insustentável quanto uma filha
que depende do pai que lhe impõe sofrimento.
Imperadores usaram o povo como bucha
de canhão para construir impérios. Reis escravizaram o povo em nome da economia.
A democracia sobre a qual a constituição diz ser governo do povo e exercido em
nome do povo, na verdade, não é nada disso se a atividade governamental visa os
interesses de ricos que são completamente opostos aos interesses do povo. Esse “exercido
em nome do povo” não resiste a mais simples análise. Equivale a dizer que o
povo dá uma procuração ao governo para cuidar de seus interesses do mesmo modo
como se faz com o advogado para representar alguém na justiça. Entretanto, ninguém
daria uma procuração a um advogado para agir contrariamente aos seus interesses
como acontece com o governo cujos executores exploram o povo impiedosamente arrancando
dele riqueza pessoal e vivendo nababescamente às suas custas. Atualmente, aqui
na republiqueta de banana, os governos têm atuado de forma tão acintosa e despudorada
contrariamente aos anseios da população que a justiça se coloca em parceria dom
os desonestos visto que o acumulo de riqueza não pode prescindir da desonestidade.
Portanto, no que diz respeito ao
social, carece de exploração porque falta descobrir um meio de viver sem se
depender de autoridade governamental ou de uma autoridade governamental voltada
para os interesses da população. Do jeito que tá é que não pode ficar.
Carta Capital do dia 17/08/20, em
matéria intitulada Como o crime organizado tem explorado benefícios concedidos
a igrejas para operar seus negócios ilegais mostra com que facilidade funcionam
as armadilhas dos estelionatários da religiosidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário