Os seres humanos ainda se encontram
em nível tão baixo na escala da evolução espiritual que ainda são infensos à
atividade meditativa tanto quanto é o bicho fera. É como se o progresso
evolutivo se limitasse a modificar seu aspecto físico, mas se negasse a operar
sobre sua mentalidade.
Embora não se pode negar ter ocorrido
algum progresso civilizatório no ser humano, posto que de um estado tão bárbaro
que comia cru o alimento por não saber dar início a fogo, tornou-se capaz das
proezas tecnológicas de hoje, mas é uma forma de progresso que não vai além de
transformar bens materiais em riqueza privada. Seu baixíssimo desenvolvimento
mental não lhe permite entender que o social é mais importante que o particular
uma vez que não se vive senão em coletividades.
Limitando-se o progresso em transformar
recursos naturais em dinheiro de pouca ou nenhuma serventia coletiva, resulta
num progresso pernicioso em vez de auspicioso porque produz malefícios maiores
que benefícios vez que esta preferência pela materialidade exclui a
espiritualidade e mantém os seres humanos em tamanho estado de brutalidade que
não prescindem de guerras e incontável número de guerreiros em armas para
praticar ferocidade. No segundo volume de História da Civilização Ocidental, página
932, de Edward Mc Nall Burns, consta que do Tratado de Versalhes resultou que a
área da Grã Bretanha era de 33,5 milhões de quilômetros quadrados, a da França
10 milhões, enquanto que a da Alemanha, Itália e Japão, juntos, era de 4
milhões.
Este cantinho de pensar, em vez de
parar para pensar, propõe fazer uma caminhada meditando sobre se o que se vê
contribui positivamente com a aspiração de viver tão bem quanto todos desejam
uma vez que no caminho encontramos o seguinte:
1 – Falso sentimento de irmandade. As
ações praticadas a título de solidariedade humana são movidas por interesse em
recompensa divina e não pela nobreza da espontaneidade inerente ao “amai-vos
uns aos outros”.
2 – Pessoas esbaforidas a desgastar a
saúde na construção de imensa riqueza para uma vida efêmera.
3 – Crença em que a escravidão e a servidão
ficaram nas idades Antiga e Média, enquanto que ela nunca deixou de estar
presente. Se na escravidão o total da produção do trabalhador ficava com o
senhor de escravo, e no servilismo uma parte ficava com o senhor feudal,
atualmente, no capitalismo, do mesmo modo, uma parte, a da Mais Valia, fica com
o empregador.
4 – Pessoas cuja utilidade social é
proporcionar divertimentos e vulgaridades merecendo altíssimo apreço da
sociedade humana enquanto que outras pessoas de relevantíssima utilidade são
ignoradas.
5 – Líderes vivendo nababescamente às
custas dos liderados.
6 – O destino da humanidade sendo
decidido por empresários cujo único objetivo é explorá-la.
7 – Autoridades judiciárias
constituídas para coibir a agressividade de mal feitores atuando na proteção
deles.
8 – Corpo legislativo legislando composto
quase que totalmente de foras-da-lei legislando contra a sociedade.
9 – Juízes corruptos envergando becas
simbolizando escudos contra a corrupção.
Conclui-se, portanto, pelo absurdo de
viverem os seres humanos cercados de falsidades.
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