O conhecimento é formado pelas
informações que o cérebro vai registrando desde o começo da percepção. É ele, o
conhecimento, que nos faz comportar assim ou assado. Desta forma, se falsas forem
as informações que formam o conhecimento, também ele, o conhecimento, será
falso. E se o conhecimento é falso, também será falso o comportamento por ele
determinado. Se tais conjecturas parecem complicado, deve-se à falta do hábito
de raciocinar sobre coisas fora de ganhar dinheiro. Para quem tais meditações
são pura perda de tempo. Ao contrário, são tão importantes que levam à importância
de um tempo gasto pensando sobre a veracidade das informações que fazem o
conhecimento que vai determinar o comportamento. Não sendo adequados os
comportamentos, apenas dinheiro não será capaz de proporcionar boa a qualidade
vida. Aí estão os americanos entupidos de dinheiro e servindo de alvo para
rajadas de metralhadoras e explosões de bombas.
Portanto, se comportamento adequado
para que a vida seja agradável em vez de pesadelo devem resultar de
conhecimento formado por informações verdadeiras, quando analisadas com
acuidade as informações que atualmente formam o conhecimento r a cultura atual,
revelam-se falsas em quase sua totalidade, não merecendo, portanto, serem levadas
em conta se delas resultam um conhecimento que faz conversar com estátua, se
interessar pelo funeral do príncipe Philip, acreditar que toupeiras mentais
merecem fama e celebridade, ser indiferente à compra de caviar e vinhos finos
para os Cavaleiros Negros mambembes do STF com o dinheiro de comprar respiração,
enfim estas coisas às quais, apesar de aberrações, são tidas como normais em
função do comportamento oriundo de um conhecimento falso posto que feito por
informações falsas.
Embora haja informações verdadeiras, e
um bom exemplo é a que recomenda moderação, simplicidade e fraternidade, apesar
da grandeza de sua significação para uma vida civilizada, tais informações são
apenas resmungadas mecanicamente em orações ou mencionadas por demagogos em templos
políticos e religiosos. Nunca, porém, observadas para que possam ser postas em
prática a fim de produzirem comportamentos adequados à uma vida agradável em
comunidade. Talvez por ser de poucas leituras, só li em Machado de Assis algo a
respeito da necessidade de apurar as informações antes de tomá-las por verdades.
À exemplo de Davi, esse cantinho de
pensar se dispõe a enfrentar no tapa o Golias do pão e circo que com falsas
informações põe em risco o futuro da juventude inexperiente instigando-a a se
abster da atividade meditativa.
Por que não são observadas as
informações verdadeiras? Ah! Senhores, senhoras, e jovens futucadores de
telefone e apreciadores das vulgaridades do Yahoo Notícias. Por trás disso aí,
minha gente, correm coisas do arco da velha. Vosmecês já repararam que nenhum
rico e nenhum analfabeto é ateu? Que nos bancos há uma imagem de Cristo? Que o
político perde a eleição se disser que não acredita em deus? Que Papai Noel só
presenteia criança bem comportada? O porquê da fama e celebridade de pobres
diabos mentais e reis de pau oco? Não podem ter repararado se não pensam a
respeito. Mas a verdade é que estas coisas têm tudo a ver com a violência,
doenças desassistidas, fome, miséria e todas as causas de sofrimento.
Muitíssimo menos ainda sabem vosmecês que no dia em que se interessarem por
estes assuntos o mundo passará a ser um mundo no qual a vida prevalecerá sobre
as mortes evitáveis e não haverá choro em corredores de hospitais, veneno na
comida, na água e nem no ar, guerras, igrejas pão e circo, bandidos legisladores,
mãe que deseja morte de filho para não atrapalhar o relacionamento com o
amante, Foro Privilegiado, Prescrição, Imunidade Parlamentar, políticos e
empresários togados, fortunas imensas e nem imensa pobreza. Tudo isso será
banido. Não dá vontade de pensar? De meditar? Pois é.
Um mundo ideal só depende de vosmecês
se interessarem em analisar as informações que determinam vosso comportamento errado
de ter interesse apenas em se profissionalizar em determinada atividade e ter
na vida dinheiro por único objetivo.
Assim como o conhecimento determina o
comportamento, a perpetuação dos comportamentos estabelece a cultura. Resulta
daí que de novos comportamentos resultará nova cultura. E embora não seja
possível dizer como agir para que a cultura defasada atual dê lugar a uma
cultura nova, a realidade de predominar no mundo a infelicidade torna evidente
a necessidade desta metamorfose. A mudança acontecerá quando as pessoas
refletirem sobre as informações. Um exemplo de informação falsa: No Youtube, um
posudo papagaio de microfone narra a história de um avião que caiu no mar, um
homem se salvou e se deu numa ilha onde conseguiu derrubar árvores e fazer uma
casa que deus fez pegar fogo para que a fumaça atraísse um navio que o salvou. No
final, o papagaio de microfone recomenda que se pense a respeito da história,
insinuando ter havido intervenção divina. Isto é de uma sacanagem de dimensão
oceânica. São informações capciosas desse tipo que dão origem ao conhecimento
da religiosidade que dá origem ao comportamento de resignação que precisa ser
rejeitado porque o correto é lutar contra os infortúnios em vez de botar o rabo
entre as pernas diante deles. Meditando sobre a fala do papagaio de microfone
encontram-se estas falsidades:
1 – A história usa do apego à vida
para insinuar que deus livrou da morte aquele homem. Entretanto, se deus
evitasse o acidente evitaria a morte de todos os passageiros em vez de apenas
um.
2 – Como poderia derrubar árvores com
as mãos?
3 – Não podia deus fazer o navio vir
independentemente de fumaça?
Apurando-se o que nos é dito
descobre-se ser tudo mentira. É que a cultura capitalista precisa esconder sua
atitude vergonhosa, injusta e socialmente imoral de fazer de conta que só os
ricos têm direito a dispor das prendas que a natureza põe. Como isso não é
verdade, cria-se um mundo de falsidades.
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