Os
requebradores de quadris, frequentadores de igrejas, e os loucos por
escoiceadores de futebola, costumam fazer pose ao se pavonear das maravilhas de
Miami, como se fosse propriedade deles. Aquilo, sim, é que é povo civilizado!
Viu aquele cara jogar o saco de pipoca no chão? Se fosse nos Estados Unidos ou
na Europa isto não se daria porque lá temos um povo educado. Temos um povo! É
como diz o idiota desta colônia que nem sabe ser ridicularizado por lá a ponto
de ser chamado de “cucaracha”. Aquilo é que é terra para se viver, garante o
“cucaracha”. Quando o objeto de inveja não é Miami, a Quinta Avenida, a Disney,
a Estátua da Liberdade, são as coisas das Zoropa. Já ouvi alguém afirmar com
muita pose que seu relógio batia em cima com o Big Ben e que a tourada é um
espetáculo imperdível! E a Torre Eiffel? Que colosso! Dez mil toneladas de aço!
Não é coisa para se perder de vista por muito tempo!
O
comportamento de macaco deste pobre povo demonstra bem seu estado mental deplorável.
A única contribuição para o desenvolvimento cultural da humanidade que o povo
brasileiro apresenta é a cultura da falta de vergonha, o que deveria ser
pensado e repensado pelos jovens. Os povos a quem os pobres e infelizes
brasileiros se referem como “AQUILO É QUE É POVO!” não passam de cretinos no
entender dos Grandes Mestres do Saber. Os americanos, como que castigo por
terem inventado o “Time’s Money”, são um povo tão infeliz em sua riqueza que um
sujeito na rua salta de banda assustado se alguém der uma bufa cujo barulho
penda mais para o som de BUM do que para PUM. Seus jovens enlouquecem
repentinamente e matam outros jovens. Os donos do Big Ben, por sua vez, não
fazem por menos em sua mediocridade e imbecilidade se internando em hospitais
para sentir as dores do parto. Não é difícil imaginar quão vazia é a cabeça de
um homem (homem?) que tenha interesse em saber como dói o parto, coisa de que
Deus encarregou exclusivamente à mulher depois de ter passado um tremendo
esculacho nela e botar ela prá fora de lá do bem bom. Em vez de ter gratidão ao
Deus que aqueles caras pensam que existe, os mal-agradecidos dispensam-Lhe
ter-lhes poupado do vexame. Mas, e depois de gastar a grana e passar por boa
dose de sofrimento, como poderão aqueles entes protozoáricos ter certeza de
terem sentido a mesma dor da mulher no parto? Isto lá é povo com nível cultural
de causar inveja? A cultura inglesa fede tanto a mofo que os bundas alvejadas
de lá se matam pela manutenção da prática medieval de babar o saco de reis.
Conservam ainda, por incrível que pareça, o instituto da realiza. E os donos
das touradas? Estes, então, nem se fala. Torturam um touro até matá-lo de
agonia e praticam um balé digno de débeis mentais correndo na frente de bois
pelas ruas da cidade. Por lá também ainda existem reis, rainhas, príncipes e
princesas, o que causa suspiro de inveja nos brasileiros por não dar muito certo
imitar a realeza.
Até quando
vamos ser esse tipo de gentinha? Estará esse país condenado a ser habitado pela
pior espécie de ser humano que existe? O brasileiro cultiva com orgulho o
desprezo pelas qualidades que dão dignidade ao ser humano. Não merece a superioridade
sobre as outras espécies animais em razão da capacidade cerebral que lhe
permite pensar e raciocinar. Se a grande vantagem do raciocínio é produzir
conclusões que permitam jogo de cintura àquele que raciocina de modo a
permitir-lhe driblar muitas das ocorrências que dificultam a vida, com os
brasileiros, eternos bobos da corte, as conclusões a que levam seus pensamentos
dão origem a comportamentos prejudiciais a si mesmos e à sua sociedade que vai
tão mal a ponto de se encontrar pedaços de corpo humano na rua, e corredores de
hospital abarrotado de infelizes e lágrimas.
Qual será o
motivo de nossa inferioridade? Seguinte: nós já nascemos inferiores. O povo não
sabe disso e nem sabe ser inferior porque a única coisa que o povo sabe fazer é
feita com a parte do meio do corpo, parte que não sabe o que faz e de onde
surge muita encrenca. Mas, se nascemos há quinhentos anos, já era tempo de ter
maturidade para ocupar posição digna. Que não fosse de superioridade, mas nunca
de inferioridade. Esta situação fica esclarecida quando se examina o resultado
do aprendizado a que tem sido submetido o povo deste país de triste sorte. Todo
mundo nasce sem saber nada, e nós também nascemos assim. Todo mundo aprende o
que lhe é ensinado e nós também aprendemos o que nos ensinaram: ser preguiçoso,
safado, batuqueiro, ladrão e proxeneta. É mais do que evidente que de tal
aprendizado só podia resultar seres humanos assim:
ou do tipo
que espalha pedaços de corpo humano pela rua. Caso nos tivessem ensinado
qualidades nunca inferiores à linha da normalidade e nós teríamos alcançado
degrau mais elevado na escada do desenvolvimento espiritual. Como o que nos
ensinaram foi o que nos ensinaram, aqui estamos nós na situação em que estamos
com nossa juventude desprezando os livros, única maneira de se entrar em
contato com os ensinamentos superiores à linha da normalidade, ou até mesmo conhecer
o ponto de vista dos Grandes Mestres do Saber sobre comportamentos mais
espertos que evitam absolutamente todos os motivos de lamentação. Em vez disso,
entretanto, nos ensinaram a viver de um jeito tão sem jeito que estamos em
guerra e em festa ao mesmo tempo.
Dos
comportamentos resultantes dos ensinamentos que nos ensinaram resultou uma
juventude que tem por ídolos pobres figuras que só a compreensão humana permite
não serem odiadas. Este rapaz da imagem é uma figura digna de pena. A velhice
de um corpo normal já é um saco, é de se imaginar a velhice de um corpo
injetado de tinta. Do mais danoso dos ensinamentos que ensinaram aos jovens resultou
afastá-los dos livros, o que é muito conveniente para aqueles cujo
enriquecimento ilícito precisa do alheamento deles. Mas, e onde isso vai dar? É
exatamente esse alheamento que faz a juventude ajudar a destruir seu próprio
futuro. Mas, como essa arenga já vai longe, descansemos os sacos. Inté.
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