Os
papagaios de microfone que papagaiam sobre economia disseram que a divulgação
da lista de politiqueiros criminosos a ser apresentada à justiça pela
Procuradoria Geral da República vai atrapalhar a economia. Para se entender uma
zorra dessa é preciso não descuidar de se tratar do mundo brasiliense de mulas,
surubas e tráfico de drogas por helicóptero. De acordo com a declaração destes
economistas a tal de economia não pode prescindir da criminalidade, como
realmente não pode porquanto a economia tem por único objetivo fraudar a
honestidade através de argumentos desavergonhadamente capciosos de uma plêiade
de papagaios de microfone e escritores assalariados com a triste missão de
fazer crer ser normal as atividades especulativas destinadas exclusivamente a
encher de dinheiro o rabo dos posudos e imbecis Midas da revista Forbes. Todo
este converseiro nojento sobre taxa de juros, lucro de banco, bolsa de valores
câmbio disso e daquilo, superávit, agribiuzinesse e a PGP, tudo isso se resume
em atividade comercial desonesta, num balcão de negócios canhestros que esfolam
o rabo dos parvos frequentadores de igreja, axé e futebola. Há séculos Platão
teria avisado ser degradante a atividade comercial porque é impossível ser um
comerciante honesto e próspero ao mesmo tempo. Sendo esta a finalidade da
economia e dos economistas, uma vez que a vulgaridade de politiqueiros usa e
abusa da palavra “pacote”, faz-se necessário empacotar economia e economistas e
enviá-los para os quintos dos infernos. É fiada a conversa de que o trabalho
dignifica o homem porque o produto do trabalho de todo ser humano vai parar nas
mãos dos monstros que formam o grupinho de um por cento com noventa e nove por
cento da riqueza do mundo. O que realmente dignifica o ser humano é pensar.
Pensar que os recursos dos quais depende a vida são limitados e que é preciso planejar
o uso deles em vez de despejar crianças adoidadamente como fazem os ratos.
Pensar na necessita de união, de irmandade, de cooperação porque fora disso
jamais haverá o bem-estar que os seres humanos sensatos buscam e que seria a
redenção também dos insensatos cuja vida não difere da vida de bicho
domesticado, reduzida a trabalhar, comer, trepar e cagar.
A sociedade
humana tomou um rumo tão esquisito que as pessoas intelectualmente ilustres
fazem pronunciamentos vazios, sem o mínimo de coalisão com a sociabilidade da
qual depende uma sociedade civilizada. Tivemos os intelectuais Henry Kissinger
e Vargas Llosa afirmando que a competição é a melhor maneira de se viver em
sociedade. Agora temos o Frei Beto afirmando no jornal O Globo que mesmo a
pessoa ateia tem uma emulação espiritual que lhe norteia as atitudes. Ora nas
entrelinhas desta infeliz declaração, nesse “até mesmo” está dito que as
pessoas ateias são espiritualmente inferiores às religiosas, no que há uma
distorção tão grande quanto à afirmação dos economistas mentirosos que afirmam
haver vantagem no agribiuzinesse e no ajuntamento de riqueza. O ateu não é
senão alguém a quem foi ensinada a religiosidade quando criança, mas que
depois, a custo de muita leitura, observação, meditação e conclusões chegou ao
conhecimento da verdade de ser a religião uma safadeza destinada a iludir a
massa ignorante com a história de não valer a pena tentar mudar o mundo porque
só Deus pode fazê-lo. Há total disparidade entre o conhecimento político do
Frei Beto que participou da administração pública e sabe perfeitamente que a
harmonia e a paz social dependem da boa aplicação do erário, e seu
comportamento infantil uma vez descartada desonestidade em sua simpática
figura, afirmar inferioridade espiritual dos ateus como também fez o José Luiz
Datena ao dizer que o homem sem Deus é capaz de cometer crime bárbaro, quando
eu, sendo ateu, nunca cometi e nem cometerei jamais crime algum, enquanto Deus
condenou um homem a ser morto a pedradas porque apanhava lenho num dia de
sábado, orientou Josué a passar a fio de espada os habitantes de Jericó, torrou
sob lava os de Sodoma e Gomorra, afogou todos os seres vivos com um dilúvio,
assassinou todas as crianças egípcias. A leitura da bíblia mostra que Deus é um
mostro que exigia carne crua e sangue como homenagem. Os que o adoram não
passam de imbecis que nunca abriam um livro, razão pela qual seguem o caminho
indicado por parasitas fantasiados de representes divinos, não raro criminosos
e pervertidos sexuais que convencem a manada incapaz de pensar, exatamente por
ser manada, de haver vantagem em frequentar igrejas não obstante o morticínio
nelas encontrado em explosões, desabamento e desastres rodoviários. Ninguém é
religioso porque existe Deus. Torna-se religioso por força da cultura religiosa
à qual o escritor Edimilson Movér acredita ser oriunda do desenvolvimento de um
gene religioso. Embora dito a título de troça, é o que realmente parece ser ante
a persistência da religiosidade embora a realidade da vida mostre abertamente
ser a religiosidade fruto da ignorância porquanto nos lugares mais carentes de
conhecimento e de condições materiais são os lugares onde a religiosidade tem
mais força e os moradores de tais lugares não abrem mão da presença daquele
salafrário do chapelão a convencê-los da conveniência de se pagar o dízimo.
Fosse o
mundo orientado pela espiritualidade ateia jamais um jornal publicaria esta
notícia da Folha de São Paulo: Governo brasileiro orienta embaixadas a
promover venda de armas fabricadas no país. Não haveria tal notícia porque os ateus sabem perfeitamente que armas são
instrumento da violência e que a violência é fator de desintegração social,
portanto, contrário à irmandade sem a qual jamais haverá a tranquilidade que
idiotas procuram em Deus, mas que está dentro de cada um. Só falta descobrir
esta realidade da qual a religiosidade foge como o diabo foge da cruz porque se
a humanidade aprender o que sabem os ateus seria o fim de toda esta panaceia de
templos e milhões parasitas da sociedade se fazendo-se passar por representantes
de Deus. Inté.
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