É inegável a
realidade de ainda não ser possível existir uma única sociedade no mundo capaz
de se auto conduzir, de engendrar uma forma segundo a qual todos seus membros
gerenciassem as atividades necessárias à sua organização, principalmente como
está sendo usado o erário. Esta realidade insofismável torna as sociedades
dependentes de liderança. Constatas estas duas realidades, e considerando por
outro lado ser totalmente impossível haver entre os seres humanos um só
espécime deles desprovido do comportamento antissocial de se aproveitar de seu
semelhante para prejudicá-lo em benefício próprio, tem-se pela frente um
problema a ser resolvido, o que exige debruçar mentalmente sobre ele por ser o
modo de se resolver um problema. O primeiro passo deve ser cogitar a respeito da
grande realidade observada pelo pensador que afirmou só ser possível solucionar
um problema depois de eliminar as causas que lhe dão origem. Constatada esta
realidade, conclui-se ser inútil todo esse falatório em torno de reforma disso e
daquilo porque elas não eliminariam as causas das quais decorre o problema da
nossa infelicidade que são exatamente a impossibilidade de haver liderança e a
necessidade dela. Se os doutos em problemas sociais se limitam a um converseiro
estéril cuja finalidade não é outra senão a de justificar seus salários, é
preciso que um Zemané faça o papel da criança que observou que o rei estava nu
e chame a atenção geral para a realidade de ser a indisposição em evoluir
espiritualmente a causa de todos os males que afetam os seres humanos. Vejam só
a observação do historiador Henry Thomas na página 16 do livro História da Raça
Humana: “O homem é uma
criatura estúpida e o seu progresso tem sido muito lento. Além disso, este
progresso não tem sido contínuo. Frequentemente retrocede de um plano mais
elevado para um inferior. Há vinte e quatro séculos, os gregos eram bem mais
civilizados que a grande maioria da população atual. Há dezenove séculos
passados, Roma possuía um excelente serviço de esgoto. Por outro lado, há três
séculos atrás havia ainda montões de lixo empilhados em frente à Igreja de São
Pedro em Berlim, e, em Paris, até 1650 o povo esvaziava seus vasos noturnos nas
ruas. Em 1849 Emerson vivia em Boston e exercia alguma influência sobre os
habitantes regularmente inteligentes. Em 1929, os censores oficiais impediram
na mesma cidade a representação de “Strange Interlude”, peça teatral
norte-americana de grande sucesso, de autoria de Eugene O’Neil”.
Decorridos
quarenta milhões de anos segundo o mesmo historiador, desde que o macaco
evoluiu para homem-macaco, já era para ter superado o atraso tão grande que no
ano de 1650 ainda era possível alguém tomar um banho de mijo e bosta ao andar
nas ruas de Paris, e que no ano 2017 os seres humanos ainda não passem de
joguete nas mãos de brutamontes espirituais em eternas disputas para provar
quem é o maior biltre entre todos os biltres. O primeiro passo para a caminhada
em direção a novos horizontes bem que poderia ser relegar os “famosos” e as “celebridades”
ao seu mundinho fútil de insignificâncias e se ligar em quem tem algo de
proveitoso a ensinar, como Chaplin neste texto que pode ser encontrado na parte
salutar da internete: “Todos nós
desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver
para a felicidade do próximo - não para o seu infortúnio. Por que havemos de
odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra,
que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido”. Inté.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido”. Inté.
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