Tudo que o
ser humano faz é feito de modo contrário ao que devia ser feito. A interpretação
de sua história através dos tempos demonstra esta realidade porque em vez de
relegar o triste passado de brutalidades incompatíveis com a dignidade do
gênero humano, ao contrário, vive-se a mesma brutalidade de antanho como mostra
notícia no Yahoo Notícias dando conta de que pessoas albinas são mortas em países africanos para que
feiticeiros façam poções com os ossos para dar sorte. Recentemente, na nação
sul-africana Malawi, está ocorrendo aumento devastador na morte de albinos,
sendo que a Anistia Internacional revela que este mês de abril foi mais letal
ainda, com quatro albinos malawianos assassinados, incluindo um bebê. Exemplo da
permanência do barbarismo ainda em voga é também o apego de múmias
espirituais à construção de grandes e ricos impérios. A imprensa dá notícia também
de ter sido a intenção de proporcionar lucros à indústria de armas que levou o
governo americano a atacar a Síria. Não se pode de pronto substituir esta
acusação ao presidente americano cor de rosa pelo nobre sentimento de piedade
demonstrado ao lamentar o sofrimento de lindas criancinhas porque outras lindas
criancinhas tiveram no Iraque seus braços arrancados por bombas
americanas. Atirar bombas sobre lindas
criancinhas não é diferente de lhes atirar veneno. Decorridos mais de mil e
quinhentos anos desde que caiu o primeiro grande império, o romano, em vez de
servir aquele acontecimento como exemplo de não haver vantagem no pavoneamento
em virtude de riqueza, o que se apresenta modernamente são governos disputando
quem é mais capaz de se pavonear exibindo maior riqueza, numa afronta perigosa
aos necessitados. Eles, os necessitados, são atualmente em quantidade tão
grande como nunca foram em tempo algum, e as reações contra a submissão que
pipocam ora ali ora acolá evidenciam
comportamento diferente do comportamento dos necessitados dos primeiros tempos,
quando se submetiam docilmente a servir de comida para leões famintos.
Embora os algozes
dos necessitados, como a Fênix, têm sempre ressurgido das cinzas de todas as
revoluções para de novo assumirem a condição de algozes, faz-se necessário
lembrar que todas as revolução contra a submissão por parte dos necessitados deixaram
atrás de si corpos decapitados e tão retalhados quanto os animaizinhos que Deus
exigiu Lhe fossem presenteados por Abraão Gênesis 15:9-11). A incapacidade de perceber sua
própria estupidez é a única explicação para que persistam governantes em
disputa para ostentar riqueza e poderio bélico. A insensatez domina o mundo de
ponta a ponta. Se o governante da Coréia do Norte promete espatifar os Estados
Unidos, não menos extravagante é a imagem do Papa lavando e beijando o pé de presidiário
e dizendo que prisão não pode ser lugar de degradação, o que é óbvio. Não deixa
de ser também uma coisa estapafurdiamente sem pé nem cabeça porque a ser o
presídio lugar para submeter o presidiário a degradações, seria a mesma coisa
de se admitir na atualidade a mentalidade bolorenta do “olho por olho” para que
os presídios fossem lugares onde se cumprir a brutalidade bíblica de submeter o
faltoso à mesma falta em que teria ocorrido. Sabe-se que o presídio tem a nobre
função de dotar o criminoso da compreensão necessária à vida em comunidade, mas
que tal objetivo seja alcançado, em vez de banhar e beijar o pé do criminoso,
comportamento ridículo e inócuo, o que é necessário é um povo bastante
esclarecido para entender que a administração da riqueza pública não pode ficar
a cargo da bandidagem ora desmascarada pela Lava Jato, mas que, ao contrário,
deve ser empregada em benefício da coletividade, o que é inteiramente
impossível acontecer enquanto não houver interesse do dono desta riqueza, o
povo, nos assuntos relacionados à aplicação da montanha de dinheiro proveniente
dos impostos que permanecerá escoando pela tubulação de esgoto mostrada no
Jornal Nacional.
O pensador
Karl Marx afirmou que o capitalismo, depois de substituir o atraso social do
feudalismo e do mercantilismo, seria substituído pelo socialismo (página 102 de
O Livro da Economia, da Globo Livros), o que não aconteceu ainda pela recusa
dos seres humanos em evoluir espiritualmente à capacidade de perceber que a
administração pública capitalista vai de encontro à vida comunitária como prova
esta notícia no blog Outras Palavras: Depois de subtrair, da Previdência, R$ 25 bi
em impostos, banco Itaú participou, na Receita Federal, do “julgamento” em que
a operação foi considerada regular. É de aberrações desse tipo que resulta a situação explosiva de um por
cento dos seres humanos serem donos de noventa e nove por cento da riqueza do
mundo. Provado que está a impossibilidade de permanecer a situação em que se
encontra o mundo, em vez de ficar a tagarelar sobre os desmandos, o que se deve
fazer é buscar uma forma de administração voltada para o interesse da
coletividade porque a atual forma visa exclusivamente o interesse dos
administradores e os brutamontes integrantes do grupinho de analfabetos
políticos. O grande impasse é tirar o povo da fase bruta de povo e elevá-lo à
condição de gente. Enquanto permanecer a mentalidade reles de povo, canalhas
estarão nos postos onde deveriam estar pessoas como Eliana Calmon, cuja
pretensão ao senado o povo negou e deu a Fernando Collor. Em entrevista ao
jornal Folha de São Paulo, intitulada A Lava Jato também pegará o Judiciário, a doutora Eliana Calmon acaba de dar
entrevista cuja leitura explica melhor nossa realidade do que todo o
converseiro da papagaiada de microfone. Inté.
Nenhum comentário:
Postar um comentário