quinta-feira, 13 de abril de 2017

ARENGA 406


Quem é capaz e elevar a mente além dos pés do jogador de futebola ou da mediocridades dos “famosos” e das “celebridades” sabe que povo nasceu para marchar, no sentido de amargurar e penar. Mas o povo brasileiro, esse marcha como marchavam ao entrar em Lisboa os soldados franceses que Bonaparte enviara para invadir Portugal, segundo relata Laurentino gomes na página 54 do livro 1808, ou sob o inverno russo quando começou a derrocada de grande conquistador, como acontece com todos eles. Até as concessionárias que administram as rodovias fustigam o rabo desse pobre povo infeliz. A coisa se passa da seguinte maneira: Quem se liga em coisas superiores a igreja, axé e futebola tem conhecimento de que toda grande empresa dá emprego de deputado a um bando de aventureiros para que proponham e aprovem leis do interesse dessa empresa. A Lava Jato arribou a ponta do pano que encobre esta malandragem, mas seus defensores puxam-no desesperadamente na tentativa de não deixar que apareçam as mumunhas escondidas. Como dizíamos, a fim de evitar indenizações em caso de acidentes, as concessionárias mandam seus moleques de recado votarem leis obrigando a dirigir a passo de tartaruga e com faróis acesos, o que tem para o motorista custo porquanto os faróis acesos encurta a vida da bateria e aumenta o consumo de combustível se motor trabalha também para produzir mais energia do que normalmente. Além disso, dirigir demasiadamente devagar causa nervosismo e danos à saúde. É der que povo, apesar de categoria de baixíssima estirpe em função da incapacidade de raciocinar, ainda assim, como os animais irracionais, também deveria merecer pelo menos um pouco de respeito. O blog Outras Palavras, verdadeira escola de alfabetização política, publica matéria intitulada O Brasil sob a ditadura financeira que mostra com clareza a triste sina desse povo cuja existência em nada difere dos burros de carroça. Senão vejamos pequena amostra da matéria jornalística: A leitura deste texto consumirá, em média, nove minutos. Enquanto você o percorrer, o Estado brasileiro terá transferido aos banqueiros, mega-empresas e super-ricos, R$ 8,72 milhões — ou 776 anos de salário mínimo. Tal absurdo é simplesmente estarrecedor. É impossível sustentar por mais tempo tal absurdo e quem vai pagar o pato é a juventude imprestável para outra coisa que não seja imbecilidade. Embora estes pobres diabos não saibam, mas a ciência está avisando que da futucação de telefone advirão graves danos à saúde mental. Aliás, só mesmo uma saúde mental danificada para encarar com normalidade o fato injustificável sob todos os pontos de vista de ser permitido que banqueiros parasitas arranquem da manada impotente em apenas nove minutos quantia correspondente a setecentos e setenta e seis anos de salário mínimo. Absurdo assim só se sustenta por conta do pão e circo que não deixa a turba se interessar por tal situação. Entretanto, os gatos pingados que não integram a condição reles de povo não podem deixar de ler a matéria no blog Outras Palavras.

A situação agrária do momento em nada difere da de cerca de quinhentos e cinquenta anos atrás quando Thomas More descreveu a situação da posse da terra naquele momento porque ele diz na página 30 de A Utopia que avaros se apossavam de milhares de hectares de terra através de fraude ou violência, escorraçando os agricultores, forçando-os à vagabundagem da qual descamba para a obrigação de roubar e ser preso. Em 2013, Chico de Gois escreveu o livro Os Bens Que os Políticos Fazem, donde se conclui ser a mesma situação. Portanto, algo existe de muito, muito, mas muito errado mesmo, porquanto também Maquiavel, contemporâneo de More, na página 25 do livro A Arte da Guerra, também dá notícia de acontecimentos no seu tempo que estão aí acontecendo em plena modernidade, porquanto diz que aquele que se opusesse à corrupção e aos vilipêndios seria defenestrado. Pois, é exatamente por ser contra a corrupção que em nossos tempos procuram defenestrar a luta da Lava Jato pela moralização política. Dois mil e quinhentos anos antes Maquiavel, outro filósofo, o pensador, chinês Sun Tzu, pregava sobre a necessidade de guerra, e também como Maquiavel, ensinava as mais perfeitas estratégias para a arte de matar.  Não estaria na hora de procurar saber o porquê desta recusa em avançar rumo à civilização em vez de ficar parado no tempo? Só há necessidade matar entre os irracionais. Nós, seres humanos, devemos cultivar a paz acima de tudo. Inclusive de riqueza. Inté.


 

  

         

 

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