quarta-feira, 4 de junho de 2014

A COPA E A REALIDADE.


A realidade da copa, na realidade, é uma irrealidade. É a ilusão de manter o povo eternamente entretido com brincadeiras e afastado das decisões das quais depende não só o seu futuro, mas também de seus filhos. A atividade política sempre esteve escondida atrás de um manto de mentiras e é por isso que o governador de são Paulo que sabe destas coisas mais do que nós afirmou do auto dos seus conhecimentos práticos: “Se o povo soubesse o que se passa por baixo do pano, faltariam guilhotinas”. A prática de enganar o povo é o procedimento adotado desde sempre, mas é tempo de começar a substituir pela verdade a mentira e os engodos urdidos sobre luxuosíssimas mesas palacianas que repousam sobre tapetes onde se afunda o pé. Sempre foi assim, mas não deve continuar assim porque a razão, a lucidez, a inteligência, tudo clama contra o absurdo de se entregar a imensa riqueza produzida pelo povo para ser desbaratada por autoridades do tipo das que conhecemos. É simplesmente estarrecedor o que acontece com o erário, considerado coisa tão sem dono como um osso jogado na calçada: o primeiro cachorro que tiver contato com ele poderá fazer o que quiser que ninguém se incomoda. Estão aí montões de exemplos desta situação absurda. A Petrobrás virou uma cumbuca de onde o governo retira mãozadas e mais mãozadas cheias de dinheiro sempre que deseja. Fala-se e prova-se uma refinaria orçada em dois bilhões que já consumiu dezoito bilhões e ainda está por acabar. Livros denunciam inutilmente roubos monumentais por ex-presidentes da república e é como se nada tivesse acontecido embora a ostentação milionária de quem era pobre não deixe dúvida sobre o fato. Dizem pelaí que o filho de Lula passou de pau-de-arara a dono do maior açougue da América do Sul, tão rico que comprou até da “celebridade” Roberto Carlos ora impedido de ser vegetariano a fim de fazer propaganda de carne.  

O modo como foi estruturada a administração dos recursos públicos permite entregar a chave do cofre onde se guarda o resultado do trabalho coletivo à responsabilidade de uma instituição comandada por pessoas notoriamente desonestas cujo único objetivo é urdir planos diabólicos que lhes permitem ostentar na cara do povo indiferente imensas fortunas tomadas na mão grande, enquanto esse mesmo povo é convencido por um hipnotismo diabólico a acreditar ser normal viver de requebros de quadris ou chorando no corredor do hospital. A administração pública foi convertida numa organização criminosa semelhante à máfia, inclusive eliminando quem se atravessar no caminho de suas pretensões criminosas como mais recentemente aconteceu com os prefeitos Toninho do PT e Celso Daniel. A organização da politicagem é pior que a mafiosa em virtude de alcançar sua ação criminosa número infinitamente maior de vítimas. Os politiqueiros tem cifrões no lugar das pupilas, o que não lhes permite enxergar a realidade de se estar a cavar a sepultura não só dos seus descendentes, mas também dos descendentes do povo requebrador de quadris indiferente ao desastre que está a se configurar para o futuro e cuja solução não será encontrada nas igrejas ou nas orações.

Tal situação de descalabro não demora a desmoronar. Não é mais possível uma situação tão irreal se sustentar por mais tempo. Ela ainda se aguenta graças à atividade nefasta da imprensa sustentada a peso de diamante pelos ricos donos do mundo que criaram para si um mundinho tão fantasioso quanto o do Pequeno Príncipe e acreditam tanto na realidade de tal mundo que ainda nos dias atuais vemos rei passando para o filho o seu reinado responsável pela chave do cofre e senhor da vassalagem que passa de um senhor feudal para outro menos carcomido fisicamente pelo tempo, mas de idéias igualmente mumificadas porquanto não há mais espaço para ridículos reis e sua plêiade de parasitas como provam os exemplos de Luis XVI e sua rainha tão indiferentes à realidade quanto os politiqueiros e sua gama de empregados a papagaiar nos microfones as excelências da Copa do Mundo, havendo, inclusive, entre eles, velhos que se declaram fanáticos por futebol, mas que, na realidade, não o são simplesmente por não aguentarem os requebros dos reais torcedores imbecilizados que nem sabem quando um livro está de cabeça para baixo ou porque não são imbecis como os demais. Sua euforia pela Copa faz parte da sua obrigação como empregados dos ricos donos do mundo que precisam apresentar festas e mais festas a fim de manter a atenção do povo longe de suas artimanhas criminosas. Entretanto, incorrem estes senhores em erro crasso porque na pretensão de proporcionar bem-estar a seus descendentes com o salário que recebem em troca da ajuda que dão aos ricos donos do mundo em sua falsa necessidade de enganar, então, ao mesmo tempo, condenando seus entes amados à ruína quando vier abaixo a falsa estrutura do sistema que ajudam a manter.

É desse modo como se desorganiza este belo país de triste sorte onde tudo e todos concorrem para sua infelicidade, até mesmo quem aparenta e jura de pé junto batalhar pela sua felicidade. Inté

 

 

 

 

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