Quem não
viu, precisa ver o filme O Garoto, do Grande Mestre do Saber Charles Chaplin. Quem
não sabe ler nas entrelinhas, precisa aprender porque é lá que se encontra toda
a tramóia que as linhas escondem debaixo da saia das notícias ardilosamente
preparadas para enganar, também chamadas de “chapa branca”, como a reportagem
da revista Carta Capital dando conta de ser Joaquim Barbosa nocivo à sociedade,
informação que traz enrustida uma canalhice imensurável, mas confirmada pelos
comentaristas comedores de hóstia, igreja e futebola. A realidade, no entanto, é
a necessidade de exorcizar o ministro incorruptível do ambiente poluído da
politicagem preferido pela imprensa dos ricos por lhes permitir os mais
variados tipos de falcatruas e inocentados pelos simulacros de investigação das
CPIs. Como aquele ministro é ardoroso defensor da ética, os defensores da antiética
fogem dele como o cão foge da cruz. A possibilidade de que ele venha a se
tornar o primeiro mandatário do país assombra os malfeitores que se borram de
medo ao lembrar da condenação dos mafiosos do Mensalão pelo comportamento
intransigente e responsável daquele ministro que a imprensa rica procura
manchar como faz com todos aqueles que se apresentam como defensores de menos
riqueza para poucos e menos pobreza para muitos.
Na verdade,
o pessoal do colarinho branco teme a possibilidade de ocupar na cadeia o lugar
dos presos comuns muito menos danosos à sociedade do que a corrupção
desenfreada e a monstruosidade de castrar nas pessoas a capacidade de racionar,
práticas correntes no mundo dos ricos tementes à moralidade e ao império da lei
que exige punição para ladrões em vez de CPIs que não passam de carta de
alforria para os criminosos dos crimes mais hediondos que é enriquecer com o
dinheiro de aliviar os sofrimentos de quem chora a infelicidade do desamparo. É
por medo à moralidade que figuras como a de Joaquim Barbosa, Heloisa Helena e
Eliana Calmon não são as mais importantes figuras na administração deste país
de bobos tão bobos que são contra quem implantaria um verdadeiro sistema
político e são a favor daqueles que implantaram a devassidão da politicagem.
Estes pobres comedores de hóstia, futebola e axé tem como expoentes máximos
merecedores de admiração figuras inexpressivas socialmente como Ronaldinho,
Neymar, Pelé, por aí. Não podia dar em coisa diferente do que a podridão que aí
está posta: uma população de bichos onde são encontrados pedaços de corpo
humano na rua.
A artimanha
de desmoralizar o monumento de moral que é o Dr. Joaquim Barbosa, a quem acusam
até por ter comprado um apartamento simples e que suas condições permitem
inteiramente, até isso os arredios da verdade contradizem a parte boa da
imprensa que nada viu de anormal naquela compra. Por isto não se deve acatar
uma informação sem antes escarafunchar seu conteúdo para lhe verificar a veracidade.
Em se tratando de um país da politicagem, sobretudo, todas as informações
trazem alguma tramóia escondida debaixo da saia. O filme referido lá no começo
dá uma amostra perfeita da artimanha contida na história contada na cena em que
o garoto pilhado pelo guarda depois de atirar uma pedra e arrebentar uma
vidraça. Malandro, o simpático garoto aponta para o céu e o guarda olha para o
alto em direção ao lugar apontado enquanto o garotinho disparava em desabalada
carreira e desaparecia na esquina. Os comedores de hóstias, axé e futebola nada
mais percebem desta cena além da hilaridade. Entretanto, há ali muito mais que
isso. As entrelinhas nos dizem que o guarda representa o papel de eterno
enganado que o povo sempre exerceu, enquanto o garotinho representa a ação
governamental de eterna enganadora sempre apontando para algo falso que atrai a
atenção do povo. Ora é o futebola, ora é o axé, ora é ajudando a igreja não lhe
cobrando imposto sobre as fortunas dos pastores, entre eles o Edir Macedo que contou
com a ajuda de Lula para inaugurar a TV daquele magnata da religião cuja
fortuna já faz pose na Revista Forbes. Em retribuição, a televisão ajuda a
defenestrar quem é contra as coisas contadas no livro O Chefe.
Sentencia o
grandioso jornalista Mauro Santayana que uma sociedade apodrece quando seus
líderes perdem a virtude do mando. Nada mais correto se algum dia houvesse
existido algum líder com virtude do mando. Nossa sociedade está realmente tão
podre a ponto de se matar mulher a pedradas públicas e seres humanos ainda serem
vendidos como escravos, crimes que apesar de hediondos são encarados com
naturalidade. Os que adoram Deus através de determinado ritual matam os que O
adoram em outro tipo de ritual; os que precisam do petróleo matam os que o tem
para tomá-lo; os que precisam vender a droga para fazer a feira matam os que
compraram e não puderam pagar; a polícia mata os bandidos e os cidadãos, e os
bandidos matam a polícia e também os cidadãos que saem das igrejas e dos
terreiros de folguedos; todos aqueles que pregam o bem geral recebem o mal em
troca; enfim, não é preciso ninguém dizer para se perceber a podridão em que a
politicagem transformou nossa sociedade exatamente por falta de virtude de
mando em quem manda. Como o famoso jornalista não vai mesmo tomar conhecimento,
tomo a ousadia de argumentar sobre o “perder a virtude do mando” porque o poder
político sempre foi exercido em benefício daqueles que o exercem, o que elimina
a possibilidade de haver virtude nos atos praticados pelos líderes que orientam
para o caminho que leva à situação em que nos encontramos de guerra civil, de
sofrimento, de dor e de tristeza. Por isso não se pode cogitar de virtude de
mando na ação desse tipo de líderes.
O
verdadeiro motivo que faz os falsos líderes se engalfinharem nos palanques e na
televisão onde disputam frações de minuto é a posse da chave do cofre. Sabendo
do poder de convencimento da televisão, entende-se a disputa ferrenha por um
tempinho na tela pela convicção de que as mentiras renderão votos. O retrovisor
do tempo nos mostra suntuosos palácios desses falsos líderes desde os tempos em
que eram construídos por escravos até o tempo moderno em que as empreiteiras se
encarregam das construções recebendo um excedente maior do que o custo real da
construção, devolvendo uma parte para os falsos líderes que, como se vê, nunca
souberam o que é virtude de mando. É nesta situação insustentável em que se
encontra esta sociedade de requebradores de quadris admiradora de nulidades e
desprezadora de valores reais. Inté.
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