segunda-feira, 9 de maio de 2016

ARENGA 257

 “Se a gente quer proteger a Constituição, a gente tem de punir presidentes que cometam crime de responsabilidade”. São palavras de um jovem brilhante se comparado ao analfabetismo político dos jovens de modo geral, mas que carece de esclarecimento. O que significa proteger a constituição? Embrulhá-la no frio, refrescá-la no calor, evitar que seja alcançada por bala perdida? Este jovem que certamente não leva zero do Enem só pode estar se referindo ao cumprimento das determinações constitucionais. Entretanto, apesar de merecer respeito um jovem com tais preocupações, o que o diferencia dos outros jovens admiradores de “famosos” e “celebridades”, suas ponderações sobre a legitimidade do impedimento da presidente da república procedem, mas não por observação das determinações constitucionais porque a constituição determina que todos sejam iguais perante a lei, o que não passa de piada. Se este jovem brilhante se dispuser a examinar o que a constituição promete e o que realmente se tem, chegará à conclusão da triste realidade de que tudo aquilo é parte das falsidades vividas como grandes verdades porque tudo que nos ensinam são mentiras, razão pela qual a vida foi transformada num grande engodo, uma fantasia medíocre. A verdade nunca será alcançada por quem estuda apenas para responder aos questionamentos dos exames escolares uma vez que a verdade só pode ser alcançada por quem estuda para compreender as nuances da vida. O livro História Geral e do Brasil, editora Scipione, autoria de Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo, na página 256, capítulo 11, intitulado A Colônia Portuguesa na América, na matéria do subtítulo Projeto Colonial Para Servir a Quem?” define do seguinte modo quais são as vantagens do sistema colonial: muito poder e riqueza para uma minoria; clientelismo e vantagens limitadas para alguns; suor e sofrimento para a maioria.” Pensando sobre isto, conclui ser apenas falácia e nada mais a afirmação constitucional de soberania. Na verdade, nunca saímos da condição de colônia. Desde a época do pau Brasil até hoje, como provam as imensas riquezas nos infernos fiscais, os palácios onde se vive sem saber o que é falta de alguma coisa, a refinaria de Pasadena, tudo isso convivendo com os miseráveis do bolsa família e dos corredores dos hospitais. Tudo se encaixa perfeitamente na descrição que os autores dão à colonização. O autor Carlos Fico, no livro O Grande Irmão, editora Civilização Brasileira, página 78, faz referência a nosso estado de colonizados da seguinte forma: “...o irmão de John Kennedy, Robert, secretário de Justiça (dos Estados Unidos), veio (ao Brasil) com o propósito de pressionar o presidente (João Goulart), cobrando, de maneira arrogante, o saneamento financeiro do país e a demissão de auxiliares esquerdistas de Goulart”. É de fazer vergonha a quem a tem o servilismo deste país de triste sorte onde a língua inglesa concorre quase já em pé de igualdade com nossa estrupidada língua portuguesa e os aviões cruzam o céu abarrotados de embevecidos consumidores imbecilizados com os bolsos cheios de economias para comprar quinquilharias em Me Ame.
Desse modo, meu caro jovem politicamente alfabetizado, não lhe vai aqui nenhuma crítica, mesmo porque quando eu tinha sua idade ainda era um arrematado analfabeto político, grave defeito que você não tem. Parabéns por participar dos assuntos políticos porque é deles que depende o futuro dos seus filhos. Contestar os desmandos é dever de todo cidadão. Abração. Inté
 








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