A
brutalidade é definida no dicionário como própria de seres irracionais. Realmente,
ela orientava o comportamento dos seres vivos na luta pela sobrevivência no
início da confusão que resultou em nossa existência. Quando a natureza criou
uma espécie de animal capaz de pensar, elevou esta espécie a uma superioridade
infinita sobre as demais espécies animais então existentes, e esta
superioridade levou os seres pensantes à união por conveniências outras além de
apenas a necessidade de reprodução exigida pelo instinto. Este comportamento
novo deu origem a um tosco sentimento de irmandade. Entretanto, como a evolução
rumo à verdadeira irmandade própria de seres civilizados é muito lenta, embora
tal sentimento levasse aqueles primeiros seres ainda brutos à união, esta união
ainda está muito longe de se estabelecer definitivamente e levar à humanidade a
compreensão da necessidade de se efetivar o respeito mútuo, o que só poderá ser
feito através de um sistema educacional eficiente e voltado para tal fim. Mas o
que se tem está muito longe disto porque o atual modelo de administração
pública mundial tem por objetivo exatamente a deseducação social para com isto
instigar a competição. Educa-se exclusivamente para competir e produzir
riqueza. Países como Japão, Estados Unidos, Alemanha, China, são citados como
exemplos positivos resultantes de grandes investimentos em educação, exatamente
os países onde se verifica a maior desunião entre os irmãos humanos, o que faz
de seus povos seres tão infelizes quanto os que amargam a infelicidade de não
poder satisfazer suas necessidades primárias. Além disso, o aparente bem-estar
dos povos produtores de riqueza desaparecerá mais cedo ou mais tarde em
consequência das atividades necessárias à produção dos bens a serem trocados por
riqueza. Estudiosos do meio ambiente concluíram que em consequência do
aquecimento produzido pala atividade econômica as lavouras, principalmente
milho e trigo, estão se tornando tóxicas. É de se imaginar as consequências
terríveis uma vez que estes cereais fazem parte da alimentação de todas as
pessoas no mundo inteiro. É este o resultado de uma educação que faz parecer
normal ingerir veneno na comida, na água e no ar para que se possa produzir
riqueza. A par disto daí foi criada uma situação tão esquisita de injustiça
social que os que não podem desfrutar de bem-estar são os que produzem o
bem-estar a ser desfrutado pelos que podem. É tal o absurdo que do ensino das
melhores universidades do mundo resultará a infelicidade das futuras gerações,
e elas haverão de amaldiçoar seus antepassados pela indiferença ante tal estado
de estupidez.
Para tornar
a situação ainda mais escabrosa, os excluídos do gozo de bem-estar tiveram alterado
seu funcionamento cerebral do qual resulta a capacidade de pensar e se convenceram
de ser normal uma situação em que eles somam noventa e nove por cento da
população mundial a contemplar o grupinho de apenas um por cento ter em seu
poder noventa e nove por cento da riqueza do mundo. Tal situação é uma bomba
com o rastilho queimando. É verdade que por vezes surge algum movimento
contrário a tal situação, todos, entretanto, baseados em violência, o que
apenas confirma ausência do civilizado sentimento de irmandade do qual o
sistema capitalista foge como o capeta foge da cruz. Até pessoas de fino trato
intelectual, dentro do modelo suicida de administração pública em voga no
mundo, afirmam haver motivo justo para guerras, e crianças brincam de matar e
destruir.
Entre nós,
o povo espiritualmente mais desqualificado do mundo, surgiu um movimento intitulado
Operação Lava Jato, de luta contra a desorganização social, mas que é combatido
pelas próprias autoridades encarregadas de zelar pela organização social. Qual
o futuro de uma sociedade na qual as autoridades exercem seu poder de mando contra
a paz social enquanto o povo é convencido de que bom mesmo é ser tão imbecil a
ponto de se aglomerar para ver um idiota passar correndo segurando uma vara com
fogo na ponta em vez de se ligar no exemplo dos jovens Sergio Moro, Rodrigo
Janot e os que se empenham para transformar a politicagem em política?
Inté.
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