Pessoa de
poucos conhecimentos que sou, ao ler na página 259 do livro História Geral e do
Brasil, editora Scipione, da autoria de Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo,
sobre uma tal de bula papal de nome esquisito (Dum, diversas) através da qual o
papa autorizou a escravização de infiéis, a princípio, e de negros africanos
depois, recorri ao amigão Google para saber algo a respeito dessa tal de “Dum,
diversas” e dei de cara com um blog chamado O Catequista, onde religiosos inocentes
ou mal-intencionados (únicas razões que justificam a religiosidade), respondiam
à pergunta de uma criatura inocente chamada Lara, intrigada por ter ouvido de
um professor que a religião aprovara a escravidão dos negros afirmando que
negro não tem alma. A resposta fugia completamente do assunto que intrigava a
inocente Lara. Esgueirando da verdade como todo bom malandro, os blogueiros
religiosos escorregaram malandramente evitando a questão de ter ou não ter a
religião aprovado a escravidão por ser absolutamente impossível negar uma vez
que a bíblia mostra Deus aprovando a escravidão ao estabelecer regras
regulamentando-a. Deixaram de lado esta questão e se ativeram exclusivamente a
negar que a religião tivesse afirmado que negro não tem alma. Ora, o que a
menina queria saber era se a religião aprovava a escravidão. A resposta correta
é que não só aprovava a escravidão antiga como aprova a escravidão moderna.
Alguém já viu um representante de Deus esclarecer seus idiotas fiéis sobre a
diferença entre capitalismo e socialismo, sobre a vantagem da reforma agrária,
sobre a desvantagem do agribiuzinesse, sobre a necessidade de acabar com esse
negócio de palácios e mordomias, sobre a necessidade de fiscalizar o que está
sendo feito com o dinheiro dos impostos, que está errado encher de dinheiro o
rabo dos “famosos” e das “celebridades”? Já? Nem só nunca viu como nunca verá.
Os fanáticos do blog Os Catequistas se acovardaram de dizer que a religiosidade
foi condescendente com a perversidade com que eram tratados os infelizes
escravos. O historiador Edward McNall Burns, em História da Civilização
Ocidental, afirma que na Idade Média os padres tratavam seus escravos com tanta
crueldade que a rainha os advertiu e eles responderam que tinham o direito de
matá-los se assim os aprouvesse. Os americanos do Norte, viciados em riqueza
como todo rico, defendem a religião de unhas e dentes por ser sua auxiliar na
tarefa ingrata de enganar o povo a fim de explorá-lo sem contestação.
A
finalidade da religião é fazer crer que o sofrimento é inerente à existência, o
que é uma calhordice sem limite. O povo é tão burro que não vê o que contestar
numa situação em que o Deus submete o filho ao sofrimento extremo por que
passou Cristo para salvar a humanidade, quando Ele, o próprio Deus, tinha poder
bastante para salvar o que bem quisesse. A finalidade dessa baboseira é tão
somente banalizar o sofrimento. Garante a religião, e a manada vê tal absurdo
como bom exemplo, que São Pedro escolheu martírio maior do que o de Cristo ao
optar ele próprio por ser crucificado de cabeça para baixo. Vai ser besta assim
na Caixa Prego, pô! A mentira da religião leva os pobres de conhecimento e de
espírito a comprar um lugarzinho no céu com o dinheiro que dá a pastores o
direito de fazer figura na revista Forbes entre os babacas que lá aparecem como
os mais ricos do mundo, na verdade, os mais burros do mundo. Há na Netflix um
filme chamado Uma Questão de Fé, no qual um religioso prova a um cientista que
a ciência está errada ao afirmar que não somos criados por Deus, e o cientista
fica realmente convencido. Nem precisa de dizer tratar-se de coisa dos ricos e
religiosos americanos. Por viver uma grande mentira é que a humanidade vai dar
com os burros n’água. Tudo que vivemos é só mentira. Os americanos da bunda
branca pagam através da Fundação Templeton uma grana preta ao cientista que se
declarar a favor da mentira da religião, e há cientistas que embolsam essa
grana. Afinal, a consciência, como “as partes” também pode ser alugada. Quem
vai pagar o pato por tanta burrice são os filhos da juventude burra que futuca
o zap-zap para avisar às rádios o local onde um carro quebrou e empacou o
trânsito. Inté.
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