domingo, 22 de maio de 2016

ARENGA 265

A cada dia cresce a esperança num mundo melhor porque também a cada dia mais mentiras são desbancadas do trono onde reinaram por séculos a fio. Cresce a corrosão que apodrece os pilares sobre os quais está assentada a falsidade de ser necessário sofrimento, na vantagem de pedir favor às estátuas da igreja, as crianças já conhecem a finalidade de Papai-Noel e nem todos dizem amém a tudo que ouve. Começa a despontar um mundo novo com jovens protestando contra as mentiras. Julian Assange desbancou as mentiras do governo dos Estados Unidos, outro jovem tornou do conhecimento público a dinheirama que os donos dos maiores órgãos de imprensa no Brasil escondem fora do país. Agora, segundo matéria publicada no blog Outras Palavras, o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, pelo site ICIJ (The international Consortium of Investigative Journalists), trouxe ao conhecimento público documentos sobre mais de duzentas mil contas “off shores”, palavra da língua inglesa à qual se atribuiu também a tarefa de definir paraísos fiscais, na verdade infernos fiscais, porque deles provém todo o sofrimento que aflige a humanidade. É lá que bilionários escondem dinheiro roubado para especulação e para fugir do pagamento de imposto, comportamento canhestro através do qual deixam este ônus a cargo exclusivo dos menos favorecidos, os burros-de-carroça de sempre. A avidez destes senhores por dinheiro levou-os a serem retratados no jornal como figuras monstruosas a devorar garfadas de dinheiro. São pessoas politicamente tão analfabetas quanto aqueles a quem eles escravizam. Até o senador religioso e experiente, Pedro Simon, é vítima dos malogros. Ouvi-o afirmar certa vez que o médico Antonio Palocci fizera um trabalho excelente como Ministro da Fazenda. Entretanto, a situação atual do Estado é de bancarrota e o “excelente” ministro nas palavras do senador está na cadeia por conta do seu “excelente” trabalho.
Em se tratando do modo atual de administração pública vigente no mundo, toda a conversa a respeito não passa de conversa fiada porque o mundo se afunda cada vez mais nas consequências desastrosas decorrentes de uma administração pública que visa apenas interesses inconfessáveis dos responsáveis pela chave do cofre do erário.  Ante a realidade incontestável de depender da política o bem-estar social do qual depende o futuro da juventude, nada se pode esperar dos governos porque todos os governantes têm obrigação de cuidar em primeiro lugar dos interesses de seus patrões, os ricos donos do mundo, em seguida dos próprios interesses, e se sobrar alguma coisa, dos interesses sociais, razão pela qual a sociedade está completamente desamparada, e é deste desamparo que resulta a situação mostrada na notícia de que a dependência de analgésicos à base de ópio explode nos Estados Unidos, país carro-chefe dos países ajuntadores de riqueza e de religiosidade. Inté.





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