A cada dia
cresce a esperança num mundo melhor porque também a cada dia mais mentiras são desbancadas
do trono onde reinaram por séculos a fio. Cresce a corrosão que apodrece os
pilares sobre os quais está assentada a falsidade de ser necessário sofrimento,
na vantagem de pedir favor às estátuas da igreja, as crianças já conhecem a
finalidade de Papai-Noel e nem todos dizem amém a tudo que ouve. Começa a
despontar um mundo novo com jovens protestando contra as mentiras. Julian
Assange desbancou as mentiras do governo dos Estados Unidos, outro jovem tornou
do conhecimento público a dinheirama que os donos dos maiores órgãos de
imprensa no Brasil escondem fora do país. Agora, segundo matéria publicada no
blog Outras Palavras, o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos,
pelo site ICIJ (The international Consortium of Investigative Journalists), trouxe ao
conhecimento público documentos sobre mais de duzentas mil contas “off shores”,
palavra da língua inglesa à qual se atribuiu também a tarefa de definir
paraísos fiscais, na verdade infernos fiscais, porque deles provém todo o
sofrimento que aflige a humanidade. É lá que bilionários escondem dinheiro
roubado para especulação e para fugir do pagamento de imposto, comportamento
canhestro através do qual deixam este ônus a cargo exclusivo dos menos
favorecidos, os burros-de-carroça de sempre. A avidez destes senhores por
dinheiro levou-os a serem retratados no jornal como figuras monstruosas a devorar
garfadas de dinheiro. São pessoas politicamente tão analfabetas quanto aqueles
a quem eles escravizam. Até o senador religioso e experiente, Pedro Simon, é
vítima dos malogros. Ouvi-o afirmar certa vez que o médico Antonio Palocci
fizera um trabalho excelente como Ministro da Fazenda. Entretanto, a situação atual
do Estado é de bancarrota e o “excelente” ministro nas palavras do senador está
na cadeia por conta do seu “excelente” trabalho.
Em se
tratando do modo atual de administração pública vigente no mundo, toda a
conversa a respeito não passa de conversa fiada porque o mundo se afunda cada
vez mais nas consequências desastrosas decorrentes de uma administração pública
que visa apenas interesses inconfessáveis dos responsáveis pela chave do cofre
do erário. Ante a realidade
incontestável de depender da política o bem-estar social do qual depende o
futuro da juventude, nada se pode esperar dos governos porque todos os
governantes têm obrigação de cuidar em primeiro lugar dos interesses de seus
patrões, os ricos donos do mundo, em seguida dos próprios interesses, e se
sobrar alguma coisa, dos interesses sociais, razão pela qual a sociedade está
completamente desamparada, e é deste desamparo que resulta a situação mostrada
na notícia de que a dependência de analgésicos à base de ópio explode nos Estados
Unidos, país carro-chefe dos países ajuntadores de riqueza e de religiosidade.
Inté.
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