O
brasileiro, se tivesse vergonha na cara, envergonhar-se-ia de ser brasileiro. A
presidente foi IMPICHADA, diz a papagaiada de microfone, encantados com o
“American Way of Life”. Pode haver coisa mais ridícula do que esse “impichada”
para dizer “afastada” “impedida” “cassada”, qualquer coisa assim? Mas, não! Tem
de ser IMPICHADA. Afinal é o arremedo do modo como dizem os americanos com a
palavra “IMPEACHMENT” para expressar punição a ocupantes de relevantes cargos
públicos que praticam atos ímprobos prejudiciais à administração pública.
Impossível haver povo mais asqueroso e imbecil que o povo brasileiro.
Motoristas de táxi oferecendo aos passageiros panfletos sobre religiosidade,
carros com alto-falantes a estrondar os ouvidos da manada que lota as lojas
onde se compram porcarias e se fazem apostas, jovens imbecis afirmando que uma
criança nasce defeituosa por conta do pecado de Adão, pais com filhos
escanchados no pescoço rumo às igrejas onde lhes ensinam que um velho voa numa
carroça puxada por viados, assim por diante. Durante o processo de
“impichamento” da presidente “socialista” de um socialismo do qual fazem parte
as empreiteiras, na câmara dos deputados, órgão que deveria ser exemplo de
civilidade e nobreza de espírito, cusparadas prá lá e prá cá foi o que se viu.
Entre os senadores, foi revoltante até para qualquer Zemané a mediocridade dos
pronunciamentos que poderiam perfeitamente ser dispensados, bastando a palavra
“sim” ou “não” para resolver o assunto. Entretanto, o pouco que se ouviu da
discurseira nojenta, até mesmo a um iletrado como eu causou asco ouvir o
menosprezo de um senador politiqueiro à nossa inteligência ao afirmar que as
elites brasileiras tiveram a nobreza de pôr fim à escravidão, de modo que hoje
os negros estão nas universidades. A história está aí mostrando que o Brasil
foi o último país do mundo a extinguir a escravatura, e que o fez por medo da
esquadra inglesa que chegou a bombardear navio negreiro ancorado aqui nesse
país ridículo. A Inglaterra desenvolvera um sistema de ajuntar riqueza
produzindo e vendendo quinquilharias através de um processo industrial inédito
no mundo. Como escravos não compram coisa nenhuma, transformou seus escravos em
operários, modo canhestro através do qual além de fazer passar por nobreza de
espírito seu gesto, foi, na verdade, uma grande sacanagem porque o salário que
pagava ao escravo transformado em operário voltava para o antigo senhor de
escravo transformado em industrial, fabricante e vendedor de quiquilharias.
Além de não terem as tais elites medíocres e burras extinto a escravidão por
vontade própria, ao serem obrigadas a fazê-lo, nem sequer transformou os
escravos em operários, mas os abandonou à míngua.
A situação
real desse nosso país de merda, segundo a imprensa, é a seguinte: SAI BANDIDO,
ENTRA BANDIDO, E O POVO CONTINUA FUDIDO. O que se pode esperar desse novo
governo e seu ministério comandado por milionários? Deixarão, por acaso, de
fazer com que as pastas 007 recheadas de suor do povo naveguem impolutas pelos
corredores palacianos rumo aos infernos fiscais? As futuras gerações odiarão
seus antepassados por tamanha pusilanimidade, falta de caráter, ladrões e
safados.
O Brasil
sempre esteve de quatro para ser desfrutado. O alarde que fazem os papagaios de
microfone com o “Lula é o cara” de Obama e a imagem de Clinton lendo Paulo
Coelho, na verdade, é a mesma coisa de enganar criança com caramelo. Enquanto o
povo se embevece com tais falsidades e lota aviões para fazer compras em Me
Ame, leva ferro em episódios como a compra da refinaria de Pasadena, episódio
que representa apenas a ponta da pedra de gelo fora do mar de pastas 007 que
tramitam pelos corredores dos palácios. Triste país! Triste juventude! Triste
sorte de quem aprendeu alguma coisa na vida e ter de conviver com biltres. Um
triste Inté.
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