As
manifestações a favor de Dilma e contra Temer, e vice-versa, demonstram que os
brasileiros se encontram tão acostumado às coisas ruins que perderam a noção do
que seja bom porque nem dela e nem dele virá o que o povo espera ter: uma
administração que o beneficie. A juventude foi levada a uma apatia tão grande de
imbecilidade que não se liga em assuntos nos quais deveria se concentrar com interesse
maior do que os velhos porquanto serão eles, os jovens, e seus filhos que herdarão
um mundo ainda pior do que este a persistirem as condições desastrosas de
administração pública em vigor. Entretanto, futilidades tipo “celebridade” que
não usa cueca, calcinha ou com quem fornica são os assuntos preferidos pelos
jovens. Será que este erro crasso tem origem na burrice, será? Não é, não. Aqui
é que a coisa pega porque há uma armadilha perigosa da qual só se escapa quem
tem tempo para se dedicar a aprender com os Grandes Mestres do Saber como é que
funciona a máquina da vida. A falta de tempo é que impede aos jovens o
exercício da inteligência. Não é que eles não a tenham, apenas não usam por
estarem impedidos de fazê-lo pelo fato de ter a sociedade humana por princípio
básico a necessidade de ser rico cada indivíduo, o que leva as pessoas a se
envolverem totalmente nessa atividade, consumindo nela todo o vigor físico antes
da velhice, resultando daí um embotamento mental para qualquer outra coisa
diferente de dinheiro sem necessidade de haver limite para a quantidade dele.
Cada quantidade de dinheiro ajuntada dá origem à necessidade de ajuntar nova
quantidade, daí a impossibilidade de sobrar tempo para a meditação, o exercício
do pensamento. Esta impossibilidade impede a percepção de ser impossível alguém
negligenciar a necessidade dominadora de ser rico inoculada na personalidade
junto com a amamentação, ficando, assim, tolhida a possibilidade de usar o
tempo de que dispõe em qualquer outra atividade alheia ao ajuntamento de
riqueza. Sendo assim, como fazer alvoroço por dona Dilma ou pelo senhor Lula,
ou pelo senhor FHC, ou pelo senhor Collor, ou pelo senhor Sarney, ou por
qualquer outro senhor ou senhora? Como esperar que quem quer que seja largue de
lado os afazeres de ajuntar riqueza para cuidar dos interesses da coletividade?
Desde que
existem agrupamentos humanos também existem mil e uma opiniões sobre como deve
ou não deve ser a forma de se administrar a sociedade, mas nenhuma opinião leva
em conta o fato da necessidade de cada um cuidar de fazer sua própria riqueza.
Pior de tudo é não haver necessidade de qualquer princípio ético a orientar os
métodos empregados na ajuntação de riqueza, o que torna impossível a alguém que
precisa ajuntar sua riqueza ter nas mãos uma riqueza mesmo não sendo sua e
superar o comichão para evitar lançar mão dela e formar sua própria riqueza. A
falta de limite para a riqueza e a desnecessidade de princípios morais para sua
formação são os dois fatores que levam ricos a disputarem cargos públicos que
lhes deem direito a ter nas mãos a chave do cofre. Assim, pobres inocentes,
para que tenham uma administração pública que lhes permita terem aquilo que o
erário pode lhes dar, auto administrem-se e façam a reforma agrária, cobrem imposto
sobre as grandes fortunas, expulsem toda forma de corrupção, evitando, antes de
tudo, a violência. Fora disso, é malhar em ferro frio. Inté.
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