domingo, 6 de março de 2016

ARENGA 231



Se existissem forças do bem e do mal, este nosso país desmoralizado em todos os sentidos teria nascido sob o poder das forças malignas. São estarrecedoras as manifestações das múmias espirituais contra a única coisa de que o Brasil pode se orgulhar: a Operação Lava Jato. A razão da gritaria dos advogados cupinchas de assaltantes do erário, além do apego ao ranço de bolor que os torna avessos às inovações, conta também com a recusa de deixar de participar do butim resultante do roubo que bandidos fazem do dinheiro de comprar o leite das crianças pobres. Quanto maior o número de pastas 007 nos corredores dos palácios, melhor para os escritórios célebres e famosos da mesma fama e da mesma celebridade atribuída aos “famosos” e às “celebridades” pelos jovens que levam zero do Enem. O doutor Joaquim Barbosa bateu de frente com os advogados que ficam rico defendendo colarinho branco, razão pela qual foi perseguido do mesmo modo como se persegue a Lava Jato porque esse país de triste sorte é como quem tem a personalidade de sentir prazer em apanhar na posição de quatro. Tudo corria às maravilhas para os conluieiros até o aparecimento do doutor Joaquim Barbosa ao mostrar quando colegas seus empurravam sujeira para debaixo do tapete durante o julgamento do Mensalão, grande conluio que impede aos jovens a realização de seus sonhos graças à corrosão que imprime ao erário cada vez com maior intensidade.
A impossibilidade ou a pouca vontade da justiça em tirar da administração pública seus dilapidadores desmoraliza completamente a Carta Magna beijada e pomposamente apresentada à nação por Ulisses Guimarães. Falar em respeito à constituição é como se cogitar de haver atentado ao pudor em passar a mão na bunda de uma prostituta num bordel de baixíssima categoria como aqueles que a gente pegava gonorreia quando precisava desenfastiar do estudo que precede o vestibular. A total desmoralização da constituição está presente na diferença de tratamento dispensado ao pedreiro Amarildo, gente da melhor qualidade que a polícia garante ser bandido e ao pessoal do colarinho branco, bandidos que os advogados “famosos” garantem ser gente da melhor qualidade.
Não fosse a juventude composta de analfabetos políticos, estaria ao lado dos doutores Joaquim Barbosa, Sergio Moro, Rodrigo Janot e a rapaziada da Polícia Federal e do Ministério Público na luta por uma sociedade decente para seus filhos. Portanto, só merece repúdio a tentativa dos seguidores de Thomas Bastos de provar que bandido não é bandido mesmo depois de apanhado com as cuecas, meias, pastas 007 recheadas, sítios, apartamentos, contas abarrotadas nos infernos fiscais, milhões pagos por palestras de analfabeto, etc. etc. O “não me toques” que os juristas querem para a cambada de ladrões seria substituído por ações inteligentes e enérgicas não se tratasse de uma juventude composta de imbecis que futucam telefone em vez de somar força com os heróis da Lava Jato. Inté.


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