Se
existissem forças do bem e do mal, este nosso país desmoralizado em todos os
sentidos teria nascido sob o poder das forças malignas. São estarrecedoras as
manifestações das múmias espirituais contra a única coisa de que o Brasil pode
se orgulhar: a Operação Lava Jato. A razão da gritaria dos advogados cupinchas
de assaltantes do erário, além do apego ao ranço de bolor que os torna avessos
às inovações, conta também com a recusa de deixar de participar do butim
resultante do roubo que bandidos fazem do dinheiro de comprar o leite das
crianças pobres. Quanto maior o número de pastas 007 nos corredores dos
palácios, melhor para os escritórios célebres e famosos da mesma fama e da
mesma celebridade atribuída aos “famosos” e às “celebridades” pelos jovens que
levam zero do Enem. O doutor Joaquim Barbosa bateu de frente com os advogados
que ficam rico defendendo colarinho branco, razão pela qual foi perseguido do
mesmo modo como se persegue a Lava Jato porque esse país de triste sorte é como
quem tem a personalidade de sentir prazer em apanhar na posição de quatro. Tudo
corria às maravilhas para os conluieiros até o aparecimento do doutor Joaquim
Barbosa ao mostrar quando colegas seus empurravam sujeira para debaixo do
tapete durante o julgamento do Mensalão, grande conluio que impede aos jovens a
realização de seus sonhos graças à corrosão que imprime ao erário cada vez com
maior intensidade.
A
impossibilidade ou a pouca vontade da justiça em tirar da administração pública
seus dilapidadores desmoraliza completamente a Carta Magna beijada e
pomposamente apresentada à nação por Ulisses Guimarães. Falar em respeito à
constituição é como se cogitar de haver atentado ao pudor em passar a mão na
bunda de uma prostituta num bordel de baixíssima categoria como aqueles que a
gente pegava gonorreia quando precisava desenfastiar do estudo que precede o
vestibular. A total desmoralização da constituição está presente na diferença
de tratamento dispensado ao pedreiro Amarildo, gente da melhor qualidade que a
polícia garante ser bandido e ao pessoal do colarinho branco, bandidos que os
advogados “famosos” garantem ser gente da melhor qualidade.
Não fosse a
juventude composta de analfabetos políticos, estaria ao lado dos doutores
Joaquim Barbosa, Sergio Moro, Rodrigo Janot e a rapaziada da Polícia Federal e
do Ministério Público na luta por uma sociedade decente para seus filhos.
Portanto, só merece repúdio a tentativa dos seguidores de Thomas Bastos de
provar que bandido não é bandido mesmo depois de apanhado com as cuecas, meias,
pastas 007 recheadas, sítios, apartamentos, contas abarrotadas nos infernos
fiscais, milhões pagos por palestras de analfabeto, etc. etc. O “não me toques”
que os juristas querem para a cambada de ladrões seria substituído por ações
inteligentes e enérgicas não se tratasse de uma juventude composta de imbecis
que futucam telefone em vez de somar força com os heróis da Lava Jato. Inté.
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