quarta-feira, 23 de março de 2016

ARENGA 244

É preciso não detestar política. O contrário é demonstração da mais elevada prova de burrice porque é dar carta branca a desordeiros para reinar soberanamente sobre a ordem, como efetivamente reinam em função da preferência popular pela bíblia, o axé e a bola aos assuntos políticos. É desta indiferença que nascem os infortúnios, na maioria absoluta decorrentes da má gestão pública. Absolutamente nada deve ter prioridade para a atenção das pessoas do que os assuntos políticos. Sendo parte da vida o lazer decorrente das diversões, a falta de interesse no modo como é feita a administração pública, ou política, resulta em ser ela feita de modo tão mal feito que não cuida de educar a juventude, resultando daí que os divertimentos acabam em desavenças e mortes. Nada justifica a firmação do ministro Teori Zavascki quando decidiu que o processo que investiga Lula fosse julgado pelo STF e não pelo juiz Sergio Moro, como queria o povo, ocasião em que afirmou não interessar à opinião pública o teor das investigações. Como não interessar se é o povo a vítima na investigação? Não obstante o grande saber daquele senhor, incorre ele em grande falha ao nos enquadrar a todos indistintamente como os analfabetos políticos como Bertold Brecht definiu os desinteressados na forma como está sendo administrado os recursos provenientes do trabalho de cada um de nós. É mais do que preciso o interesse da opinião pública porque está completamente falida a política em todo o mundo dado e estado em que se encontra a humanidade, principalmente entre aqueles povos que menos se ligam nos assuntos políticos e mais em igreja, axé e futebola.
A indiferença popular quanto à política é própria da má intenção que beneficia as más intenções dos aproveitadores, o que não é o caso daquele nobre ministro que honra sua toga. Não só no Brasil, como quer Boris Casoy, mas em todo o mundo a política precisa ser passada a limpo. Nada justifica que empregados encarregados pelo povo de aplicar os recursos por ele produzidos na administração da sociedade usem destes recursos para desfrutar vida faustosa em palácios encantados onde nada falta e se tornarem senhores de escravos em vez de simples empregados. Já passou do tempo de substituir por outro o sistema político vigente no mundo baseado numa liderança exercida por falsos líderes que submetem os liderados às condições vis de meros fornecedores de dinheiro que eles usam a seu bel prazer, o que acontece graças ao monumental equívoco de serem estes líderes determinados por um povo tão inocente a ponto de preferir igrejas e brincadeiras ao seu próprio futuro. Preterir Heloisa Helena por Fernando Collor é uma amostragem da insustentabilidade de administradores públicos escolhidos pelo povo uma vez que o povo faz o que a televisão mandar, e a televisão representa os inimigos do povo, os ricos donos do mundo. Curioso é não ser percebida tal situação. Representantes do mundo da televisão afirmam ser prejudicial o socialismo e benéfico o individualismo e ninguém parece estranhar tal absurdo porque é realmente um grande absurdo vez que do sistema individualista adotado no mundo resulta na existência de miseráveis impossibilitados da dignidade que todos devem ter e em rebotalhos espirituais que por serem analfabetos políticos promovem bacanais como faziam os imperadores romanos, o que pode ser visto no Yahoo Notícias com o título Festa-orgia na Austrália chama ambulância 7 vezes numa única noite. É nisso aí que resulta a indiferença para com as coisas da política. Inté.
 
 
 
 




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