terça-feira, 8 de março de 2016

ARENGA 233



QUE PAÍS É ESTE? Pergunta a indignação. O Brasil. Responde a realidade. As multidões de idiotas tão fanáticos pelos Estados Unidos quanto os muçulmanos por Meca, o alarido que fazem os papagaios da microfone sobre minúcias da eleição americana, programa de rádio denominado YOUNG PROFESSIONAL, a invasão do idioma inglês, tudo se explica pela nossa condição de ainda colonizados e às ordens da Casa Branca. É deveras exorbitante tudo de ruim que se acumula nesse pedaço de mundo que parece domínio de Satanás. Os papagaios de microfone e os pensadores assalariados estão nesse momento em polvorosa, zangadinhos e alvoroçados por ter a Lava Jato melindrado o “não-me-toques” de Lula. No livro Incidente em Antares, de Érico Veríssimo, há um episódio de extrema brutalidade no qual um desafeto é dependurado de cabeça para baixo e seus inimigos lhe introduzem no ânus um funil por onde entorna óleo fervente. Não digo óleo fervente, mas cairia maravilhosamente bem aproveitar a ideia de Veríssimo e liquidificar todas as palavras ditas e escritas condenando a ação moralizadora dos heróis responsáveis pela caçada aos bandidos que destroçam o futuro das crianças e enfiar no rabo de quem as pronuncia. Não deve a comodidade de um emprego justificar a proteção aos ladravazes do erário que emprega os que se posicionam contra a moralização da administração pública. Não pode haver outro motivo senão o medo de perder a garantia de ter a despensa abastecida o motivo que leva à ação os detratores da Lava Jato.
O apego que os esmoleres do bolsa família tem a Lula é justificável por se tratar de trapos espirituais que desconhecem dignidade. O fato de pessoas esclarecidas se juntarem a eles resulta de uma característica do modo atual de administração pública capitalista baseado na necessidade de emprego, o que faz tremer na base qualquer empregado ante a possibilidade de ficar sem seu emprego, razão pela qual todo governo, por pior que seja, conta com um séquito de defensores. Sebastião Nery quando era adido cultural em Portugal, nomeado por Collor, de suas palavras deduzia-se ser o presidente Collor o melhor presidente que o Brasil já teve. Portanto, atitude sensata é juntar forças com a Lava Jato e ignorar o alvoroço de seus detratores porque sabemos muito bem que suas opiniões não devem ser levadas em conta por se basearem em motivos pessoais, portanto, superados pelos motivos sociais.
O politiqueiro Geraldo Alkmin tinha razão quando disse que se o povo souber as mumunhas da politicagem traria de volta a guilhotina que cepou fora a cabeça de muita gente tipo os posudos da revista Forbes, mas errou redondamente o governador quando afirmou em entrevista na rádio CBN (aquela que tem um programa com o nome em inglês) que todos são iguais perante a lei. Se assim fosse, o que explica o fato de uns serem dependurados pelo saco ou afogados em balde d’água por práticas infinitamente menos prejudiciais à sociedade do que aqueles que assaltam o erário, mas que apesar disso nada lhes acontece apenas por negar as acusações? Aristóteles ensinou que a força propulsora que leva as pessoas a se unirem para formar famílias, e as famílias a se unirem para formar cidades, tem por objetivo buscar uma vida digna. Isto foi dito há mais de dois mil e trezentos anos, e até hoje parece que ninguém ainda aprendeu face ao estado de indignidade das cidades. Ainda disse o filósofo que viver uma vida digna é o que nos faz humanos. Entretanto, como a safadeza religiosa ensina a desnecessidade de pensar, castra a capacidade de raciocinar, limitando-a a um mundo restrito a “famosos” e “celebridades”, resultando numa sociedade que gera a seguinte situação noticiada na imprensa: Suicídio de jovens mulheres avança em São Paulo. É nisso que dá reduzir a vida às atividades dos irracionais: trabalhar, comer, trepar e cagar. Inté


Nenhum comentário:

Postar um comentário