QUE PAÍS É
ESTE? Pergunta a indignação. O Brasil. Responde a realidade. As multidões de
idiotas tão fanáticos pelos Estados Unidos quanto os muçulmanos por Meca, o
alarido que fazem os papagaios da microfone sobre minúcias da eleição
americana, programa de rádio denominado YOUNG PROFESSIONAL, a invasão do idioma
inglês, tudo se explica pela nossa condição de ainda colonizados e às ordens da
Casa Branca. É deveras exorbitante tudo de ruim que se acumula nesse pedaço de
mundo que parece domínio de Satanás. Os papagaios de microfone e os pensadores
assalariados estão nesse momento em polvorosa, zangadinhos e alvoroçados por
ter a Lava Jato melindrado o “não-me-toques” de Lula. No livro Incidente em
Antares, de Érico Veríssimo, há um episódio de extrema brutalidade no qual um
desafeto é dependurado de cabeça para baixo e seus inimigos lhe introduzem no
ânus um funil por onde entorna óleo fervente. Não digo óleo fervente, mas
cairia maravilhosamente bem aproveitar a ideia de Veríssimo e liquidificar
todas as palavras ditas e escritas condenando a ação moralizadora dos heróis
responsáveis pela caçada aos bandidos que destroçam o futuro das crianças e
enfiar no rabo de quem as pronuncia. Não deve a comodidade de um emprego
justificar a proteção aos ladravazes do erário que emprega os que se posicionam
contra a moralização da administração pública. Não pode haver outro motivo
senão o medo de perder a garantia de ter a despensa abastecida o motivo que
leva à ação os detratores da Lava Jato.
O apego que
os esmoleres do bolsa família tem a Lula é justificável por se tratar de trapos
espirituais que desconhecem dignidade. O fato de pessoas esclarecidas se
juntarem a eles resulta de uma característica do modo atual de administração
pública capitalista baseado na necessidade de emprego, o que faz tremer na base
qualquer empregado ante a possibilidade de ficar sem seu emprego, razão pela
qual todo governo, por pior que seja, conta com um séquito de defensores.
Sebastião Nery quando era adido cultural em Portugal, nomeado por Collor, de
suas palavras deduzia-se ser o presidente Collor o melhor presidente que o
Brasil já teve. Portanto, atitude sensata é juntar forças com a Lava Jato e
ignorar o alvoroço de seus detratores porque sabemos muito bem que suas
opiniões não devem ser levadas em conta por se basearem em motivos pessoais,
portanto, superados pelos motivos sociais.
O
politiqueiro Geraldo Alkmin tinha razão quando disse que se o povo souber as
mumunhas da politicagem traria de volta a guilhotina que cepou fora a cabeça de
muita gente tipo os posudos da revista Forbes, mas errou redondamente o
governador quando afirmou em entrevista na rádio CBN (aquela que tem um
programa com o nome em inglês) que todos são iguais perante a lei. Se assim
fosse, o que explica o fato de uns serem dependurados pelo saco ou afogados em
balde d’água por práticas infinitamente menos prejudiciais à sociedade do que
aqueles que assaltam o erário, mas que apesar disso nada lhes acontece apenas
por negar as acusações? Aristóteles ensinou que a força propulsora que
leva as pessoas a se unirem para formar famílias, e as famílias a se unirem
para formar cidades, tem por objetivo buscar uma vida digna. Isto foi dito há
mais de dois mil e trezentos anos, e até hoje parece que ninguém ainda aprendeu
face ao estado de indignidade das cidades. Ainda disse o filósofo que viver uma
vida digna é o que nos faz humanos. Entretanto, como a safadeza religiosa
ensina a desnecessidade de pensar, castra a capacidade de raciocinar,
limitando-a a um mundo restrito a “famosos” e “celebridades”, resultando numa
sociedade que gera a seguinte situação noticiada na imprensa: Suicídio de
jovens mulheres avança em São Paulo. É nisso que dá reduzir a vida às
atividades dos irracionais: trabalhar, comer, trepar e cagar. Inté
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