Ser
contra a Operação Lava Jato é o mesmo que ser a favor da imoralidade das
mazelas na política, a perversão da mentalidade das crianças pelas indecências
televisivas, o roubo do erário, a falta de educação social, o misererê gerador
da violência, as crianças virando bandidos mirins, haver necessidade do Bolsa
Família, dos corredores de hospitais abarrotados de chorões, das contas nos infernos
fiscais alimentadas com dinheiro público roubado, das Passadenas, pelaí. A cambada
que se insurge contra os jovens heróis que lutam por uma sociedade melhor é
movida pelo receio de sobrar para seus integrantes alguma desvantagem tal como
participação na roubalheira ou coisa semelhante. Os advogados muito bem
representados pelo doutor Thomaz Bastos ilustram esta afirmação. Há, país
afora, número crescente de advogados enriquecendo extraordinariamente às custas
do crescimento da corrupção que toma conta do país e da qual resulta toda a
desorganização social de onde provém os males que também assolam país afora. Em
toda a história deste triste país jamais houve um movimento tão salutar
socialmente quanto o trabalho destes denodados jovens da Operação Lava Jato,
motivo pelo qual absolutamente todos os pais e mães devem ensinar seus filhos a
amarem a Lava Jato em vez de Deus e, principalmente, ver o Satanás naqueles que
têm argumento contra ela.
Tirar do
convívio social os inimigos da sociedade será tão benéfico para todos quando é
uma brisa de ar puro para quem saiu de um túnel enfumaçado. Que se junte toda a
sociedade àqueles heróis porque uma vez vitoriosa esta luta, dela resultará o
fim do choro nos corredores dos hospitais e as obras públicas deixarão de
custar à sociedade várias vezes o seu valor real. É realmente muito esquisito
que se possa encontrar algo errado no trabalho daqueles jovens denodados. A
sociedade, felizmente, embora ainda aquém do entusiasmo necessário, desperta
para a realidade de se fazerem necessários novos tempos, novos comportamentos.
Nada justifica a aberração de trocar funcionários por caixas eletrônicos que
estabeleçam limite de saque em trezentos reais em notas de dez, por ser uma
forma de acentuar violentamente a escravidão. Porém, assim como acabou a
escravidão do chicote, também acabará a midiática desde que mais e mais pessoas
passem para a fase mental de gente, deixando para trás a mentalidade de povo
ainda lá nos tempos da mitologia grega quando se tinha como verdadeira a
seguinte história encontrada no livro Mitologia, de Thomas Bulfinch: “Quando Perseu cortou a cabeça de Medusa, o
sangue, caindo sobre a terra, transformou-se no cavalo alado Pégaso. Minerva
pegou-o, amansou-o e o deu de presenta às musas. Um coice desse cavalo abriu
uma fonte chamada Hipocreue, na montanha onde as musas viviam. Havia no reino
um monstro chamado Quimera, que expelia fogo pela boca e narinas e o corpo era
formado por um misto de cabra, leão e dragão. O rei, Iobates, procurava um
herói que matasse o monstro. Chegando na sua corte um jovem e bravo guerreiro
chamado Belerofonte, trazendo uma carta do genro do rei Iobates na qual
constava tratar-se de herói invencível, mas pedia ao rei que o matasse. E a
razão era a desconfiança de que a mulher do autor da carta nutria muita
admiração por Belerofonte. Iobates hesitou entre desrespeitar as leis da
hospitalidade e deixar de atender ao pedido do genro, e teve a ideia de mandar
o herói matar o monstro Quimera, na esperança de que ele morresse. Antes de
enfrentar a fera, Belerofonte consultou o vidente que o aconselhou a buscar
ajuda no cavalo Pégaso, mas que para isso deveria o herói dormir no palácio de
Minerva Ela lhe deu uma rédea de ouro e mostrou onde estava Pégaso, que ao ver
a rédea se mostrou dócil e elevou-se majestosamente nos ares levando
Belerofonte no dorso e ele encontrou a Quimera e a matou. Todas as novas
tarefas a que o rei Iobates submetia o herói para que ele fosse morto foram por
ele vencidas, sempre com ajuda de Pégaso. Iobates viu que o herói era
favorecido pelos deuses e deu-lhe sua filha em casamento, e o tornou seu
sucessor. Mas Belerofonte se tornou tão orgulhoso que tentou chegar ao céu no
cavalo alado, incorrendo na ira dos deuses, e Júpter mandou um bando de moscas
atormentar Pégaso e ele rodopiou tão violentamente no ar que atirou Belerofonte
lá longe, e ele ficou coxo e cego e vagou pelaí desamparado até morrer”. A credulidade que depositamos nessa história será a mesma que uma geração
mais esclarecida por boas leituras depositará na religiosidade de hoje. Inté.
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