quarta-feira, 2 de setembro de 2020

ARENGA 432

 

O maior erro que o ser humano comete é permitir que lhe seja tirado o direito de pensar e decidir por si mesmo o rumo a ser tomado na vida.  Se foi agraciado pela natureza com a faculdade de perceber além do alcance dos olhos, por que deixar que falsos líderes pensem em seu lugar e determinem a qualidade de seu futuro? Confiar em quem não se pode confiar não é próprio de quem pensa. A humanidade ainda se encontra em tal estado de selvageria que desconhece sentimentos nobres de irmandade e desprendimento de modo tão evidente que o normal é cada ser humano procurar tirar vantagem do semelhante. O resultado de deixar o destino ser decido por seres tão brutos é ter sido a humanidade obrigada a prover vida mansa para malandros travestidos de autoridades. Não se pode entender o engendramento do qual resulta tamanha injustiça sem entender o que quis dizer Marx com a Mais Valia. A repulsa que o populacho tem ao velho Marx é mais uma das infinitas lambanças arquitetadas pelos malandros aproveitadores da facilidade com que o povo pode ser engabelado porque não pode haver algo de ruim em alguém como Marx que embora por método diferente, dedicou a vida a lutar pelo mesmo ideal de Cristo: justiça social.

Na verdade, em vez das ideias socialistas que buscam uma sociedade sem despossuídos de tudo, o que deve ser rejeitada é a injustiça de uma liderança que usa dos liderados em benefício dos líderes e apaniguados. É a injustiça de não se poder obter os bens indispensáveis sem ter de arcar com soma superior ao valor de tais bens para formar as imensas riquezas de quem os produz e de quem os comercializa. As pessoas conhecidas como poderosas em função de riqueza, devem este poder ao excedente que cada um dos mais de sete bilhões de seres humanos são obrigados a pagar além do preço justo destes bens a título de lucro, graças ao tipo de política executada por falsos líderes muito bem recompensados pelos aproveitadores desonestos em troca da garantia da política que os beneficia e prejudica o povo. Se com número menor de pessoas, porque nem todos pagam dízimo, as religiões acumulam tamanhas fortunas que seus chefes despontam na revista Forbes entre os mais ricos do mundo, é exorbitante a fortuna se absolutamente ninguém deixa de contribuir porque ninguém deixa de comprar.

Daí ser total perda de tempo tudo que se diz e escreve a respeito de coisas erradas como corrupção, desperdício do dinheiro público, cassino financeiro, imensas fortunas pessoais para poucos e imensa pobreza para muitos, porque estas coisas são feitas para serem desse jeito e não deixarão de ser desse jeito enquanto o povo tiver seu destino decidido por quem as quer tão ao contrário de como devem ser que estão a destruir as condições vida no planeta e profissionais de saúde que salvam vidas, professores que ensinam a ler, enfim, quem presta serviço relevante à sociedade é menos valorizado do que toupeiras mentais com padrão de vida infinitamente superior.


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