A única maneira de evitar que as
futuras criancinhas tenham também o triste destino de serem transformadas em
analfabetos políticos futucadores de telefone como seus pais, e fazer delas
cidadãos e cidadãs, é encarar com seriedade e estender a toda humanidade a
convocação que Marx fez aos trabalhadores para uma união contra o capitalismo. Pessoas
inteligentes e sensatas como Ladislau Dowbor e Thomas Pickety, e certamente
muitos outros que meus parcos conhecimentos desconhecem, têm nos mostrado que
monstros de cuja boca escorre baba de dragão, levados pela maldição de Midas,
avançaram como animais peçonhentos sobre os recursos naturais para produzir
dinheiro, com tamanha ganância que estão a inviabilizar a vida no planeta. Estenderam
seus tentáculos satânicos para além do sacrifício imposto à classe trabalhadora
com tamanha virulência que colocaram em grave risco o futuro das criancinhas cujos
pais foram por eles submetidos a tamanha demência insignificância mental que
nada veem de anormal embora em maio a tamanha anormalidade que um trabalhador
cujo trabalho beneficia a sociedade apenas sobrevive enquanto párias sociais
são transformados em celebridades milionárias pelo pão e circo.
As injustiças sociais são de clamar
aos infernos. Para trocar o emprego de executivo da Exxon pelo de chefe no
Departamento De Estado dos Estados Unidos (apenas para mudar de emprego), o
ex-empregado da Exxon recebeu 125 milhões de dólares (Página 89 do livro O
Capitalismo Se Desloca, de Ladislau Dowbor).
Tal estado de coisas clama pela mesma
intervenção que é providenciada quando alguém perde a razão. O primeiro passo
no sentido de dar sentido à vida deve ser anular nas pessoas o sonho de
riqueza, de almejar ser também um mostro de cuja boca escorre baba de dragão,
porque o acúmulo de riqueza contraria o equilíbrio que deve haver entre a
quantidade de pessoas da comunidade e a posse de bens que a cada um deve caber.
Ao contrário da tranquilidade que se
imagina encontrar na riqueza, ela vira intranquilidade se seu detentor se
encontra entre famintos. Desta forma, se a lembrança dos tempos de bicho-fera
não permite a igualdade, não se justifica tamanha desigualdade. Daí que se
atribuir ao inútil excesso de riqueza a utilidade de extinguir a miséria, todos
serão beneficiados.
Como não se pode esperar comportamento
socialmente nobre da classe parasitária da qual fazem parte os políticos, é
imprescindível uma união total em torno da luta para que se ponha ordem na balbúrdia
que tomou conta do mundo. Eis porque a juventude fica com a palavra.
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