segunda-feira, 8 de agosto de 2016

ARENGA 297


A vida é vivida de um modo tão esquisito que a realidade precisa ser escondida a qualquer custo. Mesmo as pessoas sabidamente capazes de entender seus meandros precisam dizer coisas inverossímeis para si mesmas. O Mestre do Saber Mauro Santayana acaba de nos dar um exemplo desta irrealidade (ou realidade). Em mais uma de suas magistrais observações sobre a sociedade humana, no artigo intitulado O papa e o estrume do diabo, aquele escritor, como sempre faz, decorre de modo soberano sobre a real causa da infelicidade humana: A INSENSIBILIDADE SOCIAL. O que levou o grande jornalista à sua bem-vinda manifestação foi o fato de ter sido o Papa Francisco, homem de espiritualidade e senso comunitário dignos de louvor, criticado por biltres sociais por ter condenado aquilo que é realmente condenável por ser a causa do infortúnio do mundo, O APEGO AO DINHEIRO. Como não podia deixar de ser, em função de sua sensibilidade social por todos conhecida, o magnífico jornalista, do alto de sua capacidade jornalística, censura aqueles que censuram o Papa. Entretanto, ao se referir à vida, o jornalista a menciona como “PRESENTE MAIOR QUE RECEBEMOS DE DEUS”. Ora, de um homem do nível intelectual daquele nobre jornalista e escritor não se pode esperar que desconheça as afirmações de filósofos, historiadores e cientistas sobre a inexistência de Deus. A simples observação da vida leva à conclusão desta realidade. A leitura da história das religiões mostra que Deus é uma criação humana que, como todas as instituições humanas, também sofreu alterações ao longo do tempo. Os obtusos, a estes é simplesmente impossível admitir a realidade. Platão mostrou isto bem mostrado com O MITO DA CAVERNA. Mas, e os conhecedores da realidade como Mauro Santayana, Frei Beto e o Papa? Por que estes homens de grande saber não podem dizer o que sabem? Por que não podem eles acabar de vez com a causa de toda a infelicidade humana proveniente da parceria diabólica entre a política e a religião demonstrada na matéria do Jornal Folha de São Paulo de 08/08/2016 dando conta de que a isenção fiscal para templos religiosos de São Paulo atinge R$ 110 milhões? A matéria jornalística faz referência a clérigos fascistas, o que elimina a ideia que se tem de um Deus bom porque sendo bom não permitiria representantes fascistas, estupradores, salafrários que pedem os carros de seus seguidores. Se até um Zemané tomou conhecimento da realidade da vida através dos ensinamentos dos Grandes Mestres do Saber, por que será que outros Mestres do Saber fingem desconhecê-la? A simples constatação de serem os de menor conhecimento os mais fervorosos religiosos é o bastante para se concluir que a religiosidade nada mais é do que um grande engodo porque os menos capazes mentalmente são mais fáceis de serem enganados. Uma iletrada serviçal me disse que o dinheiro entregue ao pastor é para pagar um lugarzinho no céu. A religiosidade e a existência de Deus como doador da vida é própria dos biltres criticados pelo grande Mauro Santayana, mas nunca para ele próprio. Inté.

 

 

 

 

 

 

 

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