quarta-feira, 17 de agosto de 2016

ARENGA 304



Neste tipo de vida esquisitamente vivida, a verdade precisa ser escondida a sete chaves. Há uma obstrução intransponível adredemente construída graças ao analfabetismo político de modo a vedar à percepção humana o conhecimento do que se passa no mundo de onde provêm as decisões das quais depende não só o bem-estar, mas também a própria vida. Não há justificativa para que o ser humano deixe sua existência à mercê de falsas orientações. De onde vem o horror às verdades, como a realidade da necessidade de sermos solidários uns com os outros? Na página 26 do Livro Vermelho, Mao Tsé-Tung cita como inimigos de uma sociedade socialista o setor reacionário dos intelectuais (o que podemos traduzir por escritores assalariados). Na página seguinte do mesmo livro, a 27, o revolucionário chinês se refere a estes inimigos do socialismo como os “inimigos sem armas”, no que se equivocou o grande líder chinês. O escritor Edmilson Movér lembra que os sábios são passíveis de falhas tanto quanto nosoutros. O equívoco do sábio Mao está no “sem armas” porque é com o poder das armas, das bombas que despedaçam crianças que os inimigos do socialismo garantem seus impérios a custo do sofrimento dos frequentadores de igreja, axé e futebola. Porém, arma mais eficiente do que as artilharias para garantir a privatização dos bens que a todos deveriam servir, seus adeptos contam com arma infinitamente mais poderosa que é o controle da mente humana. A este papel satânico se dedicam os escritores assalariados e a papagaiada de microfone aos quais também se juntam empregados para filosofar. Do controle mental demoníaco das mentes só escapam aqueles que aprenderam a verdade com os Grandes Mestres do Saber. Só neles se pode tomar conhecimento das armadilhas ideológicas que fazem a mentira assumir ares de verdade. Como não se pode tomar conhecimento da verdade aqueles de mentalidade ligada nas futilidades dos “famosos” e das “celebridades”, o sistema educacional montado pelos adeptos da sociedade individualista, a custo de ouro, mantém a mentalidade popular enterrada na lama da ignorância de se ligar no resultado do exame de urina do jogador de futebola.

Para isto muito contribui a religiosidade. Contestando o jovem filósofo americano e ateu Sam Harris, os religiosos representantes de um órgão de assistência social por meio de caridade, que pode ser conhecido neste endereço eletrônico, www.thinkagain.us, afirmam que o ateísmo não só carece de evidências, mas também não tem em que basear sua integridade moral, ao tempo em que admitem corrupção na Igreja. Aí está, o porquê da necessidade dos ensinamentos dos Grandes Mestres do Saber para aprender separar a mentira da verdade. De princípio, ensinam os Grandes Mestres que a caridade é socialmente negativa não só pela degradação espiritual do necessitado, mas também por não haver necessidade da existência de necessitados porque os recursos materiais existentes no mundo são suficientes para toda a humanidade viver dignamente desde que usados coerentemente. Também em mentira incorrem aqueles religiosos quando afirmam que o ateísmo carece de evidência. Estarão invertendo a realidade porque na religiosidade é que falta evidência posto nunca se ter visto Deus e, do mesmo modo, os milagres só existirem por ouvir falar. Além disso, apesar de tanta religiosidade, igrejas, orações, paracés de todo tipo há milênios, a humanidade é cada vez mais infeliz. A afirmação de que esta infelicidade é produzida pela desobediência a Deus também é pura descaração por contradizer a afirmação de que a vontade de Deus era que o homem fosse feliz. A ser verdade que a infelicidade ocorre por vontade de homem, ter-se-ia de admitir que a vontade do homem foi capaz de se sobrepor-se à vontade de Deus uma vez que o homem fez o que Deus não queria que ele fizesse. Mas não para por aí. Incorrem em contradição ao afirmar faltar base para a integridade moral dos ateus e afirmar haver corrupção na igreja. São as contradições que impedem a retidão de um caminho lúcido que leva a uma sociedade civilizada. Aí está quem garanta e assine embaixo que a melhor maneira de viver é disputando cada um seu lugar ao sol. Inté.

 
  

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