Constituída
pelo povo de mais baixo nível mental entre todos os povos do mundo, a sociedade
brasileira vive com festas a mesma situação de desconforto que levou o povo
francês a um movimento revolucionário tão grande que se tornou marco divisor
entre as Idades Moderna e Contemporânea. Na página 590 do segundo volume de
História da Civilização Ocidental, do historiador Edward McNall Burns, são
citados como causa da sublevação social denominada Revolução Francesa iniciada
no ano 1789, situações semelhantes às vividas por este povo imprestável e
medíocre, incapaz de indignação apesar de viver uma infelicidade tão grande a
ponto de levar pais de família a cometerem suicídio e “suicidarem” seus entes
queridos para preservar a si e a eles de tormentos ainda maiores do que os já
existentes. Enquanto isso ocorre, os imbecis ainda não atingidos pelos horrores
que lhes alcançarão mais cedo ou mais tarde vivem alegremente, incapazes de
perceber os horrores que os aguardam. A sede de poder para ser usado em
benefício próprio, um dos motivos que causou a insatisfação dos revolucionários
franceses, aqui é encarada sem qualquer indignação pelo povo festeiro que paga
satisfeito o festival de cinismo das propagandas eleitorais nas quais viciados
em politicagem e aspirantes às suas sacanagens se apresentam
desavergonhadamente buscando apoio para pretensões antissociais ou criminosas.
Cita também o historiador, como motivo para o movimento revolucionário francês o
fato de terem os três últimos governantes, Luís XIV, Luís XV e Luís XVI
arrastado o governo aos derradeiros extremos da extravagância e da
irresponsabilidade. Apesar de ser isto a mesma coisa que vemos acontecer aqui,
os brasileiros estúpidos lotam igrejas, terreiros de brincadeiras e de axé,
numa felicidade que se converterá em lágrimas. Outros fatores de desagrado
mencionados pelo historiador como impulsionadores do movimento revolucionário
do povo francês eram a grande quantidade de órgãos e funcionários
desnecessários recebendo emolumentos dos cofres públicos, o desperdício e o
suborno. Não é o que temos aqui, com um amontado de mais de trinta ministérios,
inclusive um para esportes, empreiteiras subornando autoridades, montanhas de
dinheiro desperdiçado nas olimpíadas? Mas, para a manada de cuja cabeça, se
aberta, emanará mau cheiro, tal situação passa ao largo de suas cogitações
paquidérmicas. Ainda como elemento da insatisfação francesa está também a nossa
realidade de não haver distinção entre as rendas do governante e as rendas do
Estado. É o que corre também entre a malta ignorante de brasileiros que se vira
satisfeita para proporcionar vida faustosa e riqueza pessoal para governantes.
A aceitação
dos brasileiros e a não aceitação dos franceses de uma situação análoga
encontra explicação em dois fatores mencionados pelo historiador como
indispensáveis a uma revolução social por ele descrita como sublevação política
e social. Um desses fatores seria o esclarecimento do povo, e outro seria a
existência de guerras externas que desmoralizassem o sistema vigente. Isto
explicaria a posição de quatro da massa bruta de brasileiros ante qualquer
imposição. Formada por analfabetos políticos, além de avessos a assuntos
diferentes do resultado do exame de urina do jogador de futebola, a única
guerra que travam é uma guerra interna contra si mesmos. Entretanto, nossa
situação chegou um nível tão baixo em todos os sentidos que reclama
transformação, mas uma transformação que deve ser conduzida pela sabedoria em
vez da violência das revoluções sociais históricas que em nada contribuíram
para elevar o padrão de vida social. Se o povo era infeliz antes de sua revolução,
foi mais infeliz ainda durante ela, voltando à mesma infelicidade que havia
entes dela. Não pode mais restar dúvida quanto ao fracasso do modelo mundial de
administração pública baseado na manutenção de noventa e nove por cento da
população em condições subumanas com a única finalidade de sustentar vida
faustosa para o grupinho antissocial de um por cento. Inté.
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