A mediocridade, os embustes e
mentiras de toda sorte constituem a base de sustentação da sociedade
capitalista, razão pela qual personalidades dotadas de grandes conhecimentos
das várias ciências, inclusive das sociais, indispensáveis à formação de uma
sociedade onde haja justiça social, são preteridas e nulidades são transformadas
em “celebridades” e “famosos” por conhecimentos sobre vulgaridades. Assuntos
relacionados a nudez, tamanho de rola, bunda e peito, calcinha, cueca, trepadas
em lugares públicos, são os que conduzem pessoas medíocres à fama e à
celebridade. O ostracismo é a recompensa para quem tem dignidade numa sociedade
indigna e medíocre. A doutora Eliana Calmon tem dado mostras não só de ser conhecedora
das mazelas que infelicitam este pobre país, mas também de ser contra elas. No
entanto, foi preterida para o senado, enquanto que a heroína Heloisa Helena foi
preterida em favor de Fernando Collor, ao tempo em que o doutor Sergio Moro é
ameaçado de punição por querer tomar de volta dos bandidões do colarinho branco
o dinheiro de comprar o leite das criancinhas que eles roubaram, mesmo motivo
pelo qual também está sendo perseguido o bravo futuro presidente desta
república sem sorte, o doutor Joaquim Barbosa. Não pode, não deve, e não vai demorar
esta forma de administração pública que vigora no mundo, exatamente por ter por
base a mentira e suas pernas curtas. Assim como a gripe acaba por ceder lugar
para a saúde, também a burrice, aos poucos, vai dando lugar ao conhecimento.
Dia chegará em que existirá uma geração capaz de entender a desfaçatez da qual
resulta a miséria. Ao tomar conhecimento da realidade de não haver motivo para
existir miséria nem tanto sofrimento no mundo, a exigência natural por
comodidade levará tal geração à promoção da mudança do mundo cão para um mundo
justo e agradável.
Por
enquanto, a regra é a sem-vergonhice de escritores e filósofos assalariados ao
lado de incontáveis papagaios de microfone a transformar mentira em verdade, trabalho
nefasto que tem tido sucesso até agora, mas que já começa a fraquejar das
pernas em função do desconhecimento da necessidade de ser impossível esperar à
parte que a administração pública promova o bem-estar social por todos
almejado, necessário e possível, mas inalcançável graças à indiferença dos
interessados. Ao deixar a busca do bem-estar social a cargo de terceiros a
sociedade ignora o dito de quem quer, vai, quem não quer, manda ir. Deste modo
de agir resulta uma cultura tão chula que uma apresentadora de televisão
anunciou o seguinte: “FRISSON NO FASSHION WEEK”. Como se diz pelaí, PODE? Por
enquanto, pode. Ainda não chegou a vez de uma juventude esperta. Inté.
Nenhum comentário:
Postar um comentário