quinta-feira, 22 de outubro de 2015

ARENGA 180




A despeito da crise, bancos não abrem mão de lucros imensos. Este é o título de matéria publicada na seção Opinião, do Jornal do Brasil de 21/10/15. Diz que no primeiro semestre o lucro de bancos privados no país superam R$ 30 bilhões, no total. Está certo um negócio desse? Apesar de estar muitíssimo errado, é o que aí está na cara desse povinho frequentador de igreja, axé e futebola. É esta a lógica da competição que orienta o comportamento irracional do humano. Afirmar que tal brutalidade é a melhor forma de sociedade como fazem os escritores assalariados e a papagaiada de microfone, é a mais contundente prova de que estes sacanas não passam de grandiosíssimos sacanas. Por ser este o trabalho do qual depende a subsistência deles, nem por isso deixa de ser sacanagem mentir tão descaradamente ao afirmar haver vantagem em ser depenado tão impiedosamente por banqueiros possuídos do espírito de Satanás. É a esta monstruosidade de vencedor e perdedor que o horroroso Henry Kissinger afirmou ser a melhor forma de se viver. É mentira, canalha! A melhor forma de se viver será a que vier a vigorar quando esta juventude de bosta aprender a pensar, concluir da necessidade, e implantar uma forma de vida baseada na cooperação em vez da competição. Uma forma de vida na qual as pessoas se preocupam umas com as outras da mesma forma como acontece entre os membros de uma família que mereça o nome de família porque num ambiente assim ninguém arrancará a pele de ninguém.

Depois de ultrapassadas as infinitas etapas evolutivas no sentido de superar a alma de lobo que Thomas Hobbes afirmou existir em cada ser humano, caso a matilha não se destrua antes de superar a brutalidade, no dia em que a humanidade abrigar maior quantidade de gente do que de povo, nessa ocasião vai se ver diante de um Nó Górdio trançado com cabo de aço que é prá nenhum sabidinho cepar com espada. A natureza está a anunciar um futuro tenebroso para a sociedade em decorrência da indiferença da juventude imprestável para com o destino de sua sociedade. Absolutamente nada pode explicar tanta estupidez na única espécie de ser vivo capaz de pensar. Só loucura total ou total estupidez justifica viver em festas ante a certeza da ruína total. Triste destino terão estas pobres criancinhas que os pares de mastodontes mentais colocam no mundo. A incapacidade de raciocinar dos seres humanos não lhes permite outra classificação que não a de pré-macacos. Faz-se, portanto, mais que necessário mudar esta forma estúpida de vida. Não existe problema sem solução. Certa vez o humorista Golias citou como problema insolúvel fazer retornar para dentro do tubo de pasta o conteúdo dele depois de posto para fora. Trata-se de uma verdade apenas aparente porque se levar a pasta e o tubo à mesma máquina que acondicionou a pasta dentro dele, a pasta será novamente acondicionada sem maior problema. Na verdade, até mesmo a morte só é problema para biltres mentais porque quem se eleva espiritualmente não á vê como problema. A morte, na verdade, em vez de problema é solução para o desconforto em que se transforma a vida depois de transformar em trapo o que foi um ser vivo e atuante de qualquer espécie, como ensina o mestre Schopenhauer.

O estado deplorável da mente humana ainda vai ter muito que rebolar para alcançar a luz do entendimento de como funciona a vida. Este entendimento é o que separa o homem da besta. O fato de não terem ainda o homem adquirido tal entendimento denuncia sua qualidade de besta, qualidade esta que permanecerá enquanto as crianças não aprenderem a necessidade de analisar bem as informações que lhes são passadas. Ouvir com naturalidade o crime pavoroso que os banqueiros cometem ao arrancar das criancinhas o direito de tomar o seu leite é prova de uma burrice maior do que o próprio mundo onde tal aberração acontece. E bota aberração nisso porque já se chegou à situação não menos aberrante em que as próprias autoridades cometem crimes contra a sociedade. Inté.

 
 
 









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