domingo, 4 de outubro de 2015

ARENGA 168




A declaração do presidente Obama sobre a necessidade de se proibir a venda de armas nos Estados Unidos, se existisse esse tal de Deus que as pessoas pensam existir, poder-se-ia afirmar ser castigo Dele a consequência da fabricação de tanta arma cujo obreiro maior foram exatamente os Estados Unidos, razão pela qual agora margam as consequências da violência pela qual os americanos nutrem grande afeição. A ilusão do “American Way Of Life” é exemplo maior da inutilidade de se ajuntar riqueza. O desconforto da população americana não tem outra origem senão o olho grande dos necessitados sobre a montanha de riqueza que os governos americanos ajuntaram matando e saqueando povos com menor poder de fogo. Não por outro motivo que o horroroso Henry Kissinger afirma e assina embaixo ser o melhor modo de se viver aquele em que o mais forte toma do mais fraco o que ele tem. Eu vi, com estes olhos que até hoje as mulheres elogiam, na televisão, crianças com os braços arrancados no Iraque a pelas bombas que o governo dos Estados Unidos mandou jogar com o fim de tomar dos iraquianos o petróleo. A sabedoria concluiu acertadamente que a violência gera violência. Ela sempre dá um jeito de aparecer para se vingar e está agora fazendo com que os americanos vivam sob a possibilidade de terem seus braços arrancados por explosões.

A proibição da venda de armas como meio de conter a violência, argumentada pelo presidente Obama, tem a mesma eficácia de tirar o sofá da sala para evitar o chifre. A violência não está na arma. Está é nas cucas transtornadas pela paranoia da necessidade de ajuntar riqueza, o que não se faz senão através da violência que Marx chamou de Mais Valia. Os americanos agora estão se vendo em palpos de aranho ante a revanche das almas penadas desencarnadas por ordem de seus governantes que sempre se gabara de ser valentões, bons no gatilho, e coisa e tal. Agora está aí no que deu tanta valentia, se borrando de tanto medo que se assustam até se alguém deixa escapar um pum mais alto. Bem feito! Ninguém mandou encabeçar um sistema tão perverso de administração pública e ainda por cima obrigar outros povos a seguir no mesmo caminho, procedimento ao de Maomé ao convencer um bando de maria-vai-com-as-outras a matar todos que não se dispunham a bajular o seu Deus. Inté.

 
 
 



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