sábado, 24 de outubro de 2015

ARENGA 182




Seria bom se houvesse realmente um Deus a quem pedir para derreter a malta estúpida que habita esse país com enxofre e lava vulcânica como se fez em Sodoma e Gomorra uma vez que a putaria por aqui supera a de lá. Dá nojo olhar os jornais pela manhã e deparar com tanta esculhambação. Tão nauseante quanto as notícias da roubalheira desenfreada é o lengalenga do negar as acusações. Onde já se viu ladrão declarar-se ladrão? E que dizer sobre a obrigação de se viver em meio a um povo tão desprovido de inteligência que apesar de tudo vive a paparicar o canceroso ladrão da voz enjoativa e aspecto repugnante? A explicação, não é demais repetir, está na identidade gastronômica dos adoradores de Lula com a do peru. Pelo jeito, o governo português não deixa por menos ao encontrar motivo de homenagear figura tão desprezível considerando-o doutor por motivo de honra, não obstante o livro O Chefe. A indignação expressa no “Que país e esse?” é insuficiente para dar ideia do que ocorre por aqui. A família do presidente da câmara dos deputados é criminosa e sujeita a ir parar na cadeia antes do seu chefe que chegará mais tarde por contar com proteção na mais alta corte de justiça do país através da imunidade parlamentar. Por aqui bandido tem proteção da justiça. Quando algum juiz se mete a sério recebe vinte e um tiros ao chegar em casa depois de um dia de trabalho em defesa da sociedade.

Não se abre um jornal sem se deparar com os maiores absurdos praticados contra a multidão ignorante de frequentadores de igreja, axé e futebola. Nada justifica ser indiferente à ação criminosa dos assassinos que trocam por carros de luxo o leite das crianças pobres. A população tem serventia de capacho com sua indiferença por já ter se acostumado a ser escrava do lamaçal que tomou conta dos palácios. A escravidão consentida envolve covardia, mau caratismo e indignidade. Na escravidão do chicote, ao contrário, a revolta pela falta de liberdade provocava reação dos escravizados, diferentemente da escravidão moderna em que o feitor é a televisão e o chicote são os papagaios de microfone. Mas estupidez de montão se encontra mesmo é na presunção humana de se achar obra prima de Deus. Era só o que faltava! Povo ser obra prima. Nem mesmo satanás teria capacidade de produzir obra de tamanho primor em negatividade, na verdade, uma fábrica de bosta. Fosse transparente o corpo humano não haveria motivo para orgulho tal a imundície por dentro da “obra prima de Deus”.

A mais baixa qualidade do ser humano é o conformismo com as injustiças materializado na aceitação da condição de escravo satisfeito com a escravidão. Na bela canção do poeta cantador Elomar Figueira, O Peão na Amarração, até o burrico atira sua carga no chão, enquanto a besta humana carrega seu fardo discutindo futebola alegremente nas filas do banco.

A afirmação de Thomas Hobbes no Leviatã segundo a qual o homem perdeu a liberdade quando se submeteu a uma autoridade dá o que pensar porquanto sem uma força coibidora da selvageria humana, nem mesmo se poderia mostrar a cara na janela e ficar com ela inteira. Por outro lado, esta mesma selvageria leva a autoridade a ser o próprio agressor da sociedade, anulando, assim, a razão de ser da autoridade. O livro Os Ben$ Que os Políticos Fazem mostra imensas áreas de terras usurpadas na mão grande por autoridades, com prejuízos sociais incalculáveis. Inté.

 
 
 





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