segunda-feira, 3 de agosto de 2020

ARENGA 550


Segundo Platão, ser governado por pessoas inferiores é a penalidade por se recusar a participar da política. A realidade de tal assunto não interessar a nenhum frequentador de igreja, axé, futebola e futucador de telefone é a razão de viver a humanidade num mundo que nunca foi e pelo andar da carruagem jamais deixará de ser governado por pessoas inferiores por absoluta impossibilidade de haver um único ser humano espiritualmente superior posto que educado para competir ferrenhamente por riqueza a qualquer custo, inclusive causando mortes por inanição, vendendo promessas vans e feijão mágico. 
A observação de mestre Platão explica o porquê de terem sido os governantes mais famosos do mundo aqueles que pela violência e mortes construíram impérios e acumularam riquezas. Salomão, considerado o mais sábio de todos eles, construiu um palácio tão esplendoroso que material como ouro, prata, bronze e cedro, escasso na Palestina donde governava, era trocado por trinta mil súditos escravizados e mandados para fora a cada três meses. Que diabo de sabedoria é esta? E não é só: além de um harém com setecentas esposas e trezentas concubinas, estábulos para quatro mil cavalos (História Da Civilização Ocidental, de Edward McNall Burns, página 114, primeiro volume).
A diferença do esplendor do governante Salomão para os governantes de hoje é apenas ter diminuído o tamanho da exorbitância em função do esclarecimento resultante da experiência adquirida com o correr do tempo que fez a malta humana reconhecer a necessidade de limite para a estupidez. Porem, em menor dose, aí estão os palácios, as amantes, vida faustosa e a faculdade invejada por todos nós de cometer crime e não ser considerado criminoso.
A interpretação das palavras do filósofo leva à conclusão de se encontrar a humanidade no impasse de depender de liderança que a conduza e de não haver no mundo inteiro ninguém capaz de ser líder porque não há ninguém sem aprender em criancinha a ser egoísta.
O jovem Felipe Neto é exemplo perfeito da falta de um líder que supra a carência humana. Ao atrair enorme contingente humano como seguidores não obstante a ingenuidade de ser influenciado pela ficção de deus e de riqueza, além de ser vítima do pão e circo como apreciador de futebola. Ainda que não levado pela “esperteza” dos falsos líderes políticos e religiosos que parasitam a humanidade, ao jovem inteligente e bem falante falta a experiência indispensável à sabedoria também indispensável a um verdadeiro líder. Caso venha a surgir um líder, capaz de conduzir a humanidade a um bom caminho, será crucificado, envenenado ou queimado porque a humanidade prefere caminhar por um mau caminho.










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