sábado, 8 de agosto de 2020

ARENGA 555

 

O brasileiro deve ser o único povo no mundo a seguir à risca o mandamento de Mateus 5:39, para em vez da reação natural que deve caber a todo homem ou mulher, oferecer o outro lado da cara a fim de levar bordoada depois de ter levado de um lado. Ô povinho que gosta de ser humilhado, sô! Seu servilismo é tão exuberante que na rádio CBN, além de um programa chamado Young Professional tem outro chamado Brasil com Z. Quer dizer que já se cogita de grafar o nome do nosso país como é grafada na língua inglesa. Intencionalmente ou não, o Santelmo, personagem do grande Chico Anísio, aquele que era de uma exuberante passividade, e que dizia “também alguém assim qui nem qui eu, só eu” representava com perfeição a personalidade do brasileiro em sua humilhante capacidade de submissão.

Chega ao ridículo o BRAVA GENTE BRASILEIRA... OU FICAR A PÁTRIA LIVRE OU MORRER PELO BRASIL do Hino da Independência. Em lugar de bravo é covarde e cínico um povo que se submete ao ridículo que se submeteu o povo brasileiro ao ir às ruas aplaudir à invasão física e cultural do seu território pelo movimento revolucionário de 1964 que matou jovens brasileiros e idiotizou a personalidade do povo de tal forma que multidões de apaixonados pela cultura americana economizam para realizar o sonho de conhecer a Disney, fazer compras em Me Ame e festejar folclore e data cívica americanos.

Embora não seja privilégio nosso a imbecilidade, posto que mundo afora multidões carregam nos braços rufiões em busca de cargos eletivos, por aqui, onde as coisas runs são em maior número, também é maior o alvoroço em torno de candidatos porque além dos rufiões locais também se baba o saco de rufiões estrangeiros e papagaios de microfone comentam sobre a possibilidade de vir a ser fulano ou beltrano o rufião de tal ou qual país.  

Nossa pátria não merece destino tão ingrato. A exuberância com a qual a natureza o enfeitou não condiz com o baixo caráter e nível mental de um povo visto pelo mundo como de ladrões, carnavalescos e futebolistas. Para tristeza, a apatia da juventude indica não haver perspectivas de que algo venha a mudar. Infelizmente. MAS, TOMARA QUE MUDE!    

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