O brasileiro deve ser o único povo no
mundo a seguir à risca o mandamento de Mateus 5:39, para em vez da reação
natural que deve caber a todo homem ou mulher, oferecer o outro lado da cara a
fim de levar bordoada depois de ter levado de um lado. Ô povinho que gosta de
ser humilhado, sô! Seu servilismo é tão exuberante que na rádio CBN, além de um
programa chamado Young Professional tem outro chamado Brasil com Z. Quer dizer
que já se cogita de grafar o nome do nosso país como é grafada na língua inglesa.
Intencionalmente ou não, o Santelmo, personagem do grande Chico Anísio, aquele
que era de uma exuberante passividade, e que dizia “também alguém assim qui nem
qui eu, só eu” representava com perfeição a personalidade do brasileiro em sua humilhante
capacidade de submissão.
Chega ao ridículo o BRAVA GENTE
BRASILEIRA... OU FICAR A PÁTRIA LIVRE OU MORRER PELO BRASIL do Hino da
Independência. Em lugar de bravo é covarde e cínico um povo que se submete ao
ridículo que se submeteu o povo brasileiro ao ir às ruas aplaudir à invasão
física e cultural do seu território pelo movimento revolucionário de 1964 que
matou jovens brasileiros e idiotizou a personalidade do povo de tal forma que
multidões de apaixonados pela cultura americana economizam para realizar o
sonho de conhecer a Disney, fazer compras em Me Ame e festejar folclore e data
cívica americanos.
Embora não seja privilégio nosso a
imbecilidade, posto que mundo afora multidões carregam nos braços rufiões em
busca de cargos eletivos, por aqui, onde as coisas runs são em maior número,
também é maior o alvoroço em torno de candidatos porque além dos rufiões locais
também se baba o saco de rufiões estrangeiros e papagaios de microfone comentam
sobre a possibilidade de vir a ser fulano ou beltrano o rufião de tal ou qual
país.
Nossa pátria não merece destino tão
ingrato. A exuberância com a qual a natureza o enfeitou não condiz com o baixo
caráter e nível mental de um povo visto pelo mundo como de ladrões,
carnavalescos e futebolistas. Para tristeza, a apatia da juventude indica não
haver perspectivas de que algo venha a mudar. Infelizmente. MAS, TOMARA QUE
MUDE!
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