Pela violência ideias novas não
conseguirão escorraçar as bolorentas ideias fossilizadas das múmias que dão as
ordens a uma juventude tornada apática e incapaz de atitudes inteligentes. Os
dois maiores movimentos já havidos no mundo que pela violência tentaram
escorraçar a cultura de exploração do povo pela minoria parasitária, as
revoluções Francesa e Russa, resultaram em absolutamente nada não obstante a
grandiosidade do espetacular derramamento de sangue. Embora haja necessidade de
novas ideias, sob pena de sucumbir a humanidade pela ação predatória da
velharia velhaca viciada em ajuntar riqueza, só por meio de procedimentos
inteligentes terá sucesso uma luta para mudar o destino desastroso que o
comando das múmias, com o auxílio de deus, deu ao mundo, tornando-o mais
chegado ao mal do que o bem, o que é inconcebível em se tratando de seres
capazes de raciocinar, atividade temerosa para a política e a religião cujo
poder depende justamente do obscurantismo demonstrado em procedimentos
desinteligentes como o desinteresse a respeito da administração da riqueza
pública, comprar feijão santo e conversar com estátuas. Daí ter o filósofo
Robert Green Ingersol lembrado a quem
acredita em deus que eles deveriam questionar a falta de fundamento da
recomendação de não se discitir os assuntos divinos porque se o deus deles lhes
deu um cérebro é para pensar. Caso contrário, seria o mesmo que proibir os
pássaros de voar depois de lhes ter dado asas.
Desde que se tem notícia de governo é
mancomunado com deus. Antes de mamarem diretamente no povo por meio de dízimo e
laudêmio, os representantes de deus faziam-no indiretamente mamando nas tetas
do erário. Já foram remunerados pelo Estado, portanto, pagos pelo povo para
ajudar os monarcas a enganar o povo, do mesmo modo como fazem os papagaios de
microfone defendendo a ferro e fogo qualquer governo, por pior que seja, como
fazem agora afirmando haver excesso nas ações de combate à corrupção. Sendo a
religião o que pode haver de mais retrógrado, haja vista o pavor a ideias novas
materializada no célebre “os mistérios de deus não se discutem”, não podia a
política deixar de ser também imbuída de ideias retrógradas como a de depender
do consumismo o bem-estar social, se foi a política embalada no berço da
religiosidade. Cabe à maior vítima das ideias mumificadas, a juventude,
solucionar o problema, caso consiga desvencilhar-se do pão e circo que carreia
sua atenção para igrejas, axé e futebola.
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