O Grande Mestre do Saber Nietzsche observou que o homem chega
à maturidade quando encara a vida com a mesma seriedade com que a criança
encara uma brincadeira. Observando o modo como os seres humanos encaram a vida percebe-se
que eles a levam na leviandade. Não a encaram com a seriedade de uma criança
frente à sua brincadeira, e isto, de acordo com a observação do sábio, leva à
conclusão de que os seres humanos ainda não alcançaram a maturidade. Os
infindáveis festejamentos, foguetórios, notícias de brincadeiras na imprensa ao
lado de notícias de mortes muitas das quais poderiam ser evitadas com o
dinheiro que as atividades lúdicas consomem, o fato de serem tais brincadeiras
consideradas tão essenciais que seus promotores embora sem nenhuma noção de
sociabilidade, verdadeiros brutamontes espirituais que por habilidade esportiva
são tratados de celebridades com padrão de vida infinitamente superior ao das
pessoas realmente úteis à sociedade, tudo
isto não deixa dúvida de faltar maturidade na condução da vida.
Houvesse seriedade no viver, viver-se-ia em ambiente de paz e
tranquilidade em vez de se viver desordenadamente, com o raciocínio como que
bloqueado para não alcançar a razão e deixar que os acontecimentos ocorram ao
acaso como acontece no mundo dos irracionais. Nesse exato momento, nossa
sociedade fervilha em torno da possibilidade de ter como autoridade máxima as
pessoas imaturas de Eduardo Bolsonaro, Lula, Luciano Huck, ou Felipe Neto.
É, na religiosidade onde a falta de maturidade se mostra
em todo seu esplendor. Nada mais é preciso do que ler a bíblia e acompanhar o
procedimento das religiões através dos tempos para se tomar conhecimento de se
tratar de farsa monumental que pode ser desmontada com a mesma facilidade com
que são desmontados os truques dos mágicos. Conversar com estátua, comprar
feijão santo, encarar com seriedade espetáculos mambembes dos cultos
religiosos, construir templos monumentais para que milhares de pessoas façam
orações ao mesmo tempo e depois estabelecer que só pode orar dois ou três de
cada vez, são procedimentos só explicáveis pela imaturidade.
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