sexta-feira, 28 de agosto de 2020

ARENGA 427

 

O Grande Mestre do Saber Nietzsche observou que o homem chega à maturidade quando encara a vida com a mesma seriedade com que a criança encara uma brincadeira. Observando o modo como os seres humanos encaram a vida percebe-se que eles a levam na leviandade. Não a encaram com a seriedade de uma criança frente à sua brincadeira, e isto, de acordo com a observação do sábio, leva à conclusão de que os seres humanos ainda não alcançaram a maturidade. Os infindáveis festejamentos, foguetórios, notícias de brincadeiras na imprensa ao lado de notícias de mortes muitas das quais poderiam ser evitadas com o dinheiro que as atividades lúdicas consomem, o fato de serem tais brincadeiras consideradas tão essenciais que seus promotores embora sem nenhuma noção de sociabilidade, verdadeiros brutamontes espirituais que por habilidade esportiva são tratados de celebridades com padrão de vida infinitamente superior ao das pessoas realmente úteis à sociedade,  tudo isto não deixa dúvida de faltar maturidade na condução da vida.

Houvesse seriedade no viver, viver-se-ia em ambiente de paz e tranquilidade em vez de se viver desordenadamente, com o raciocínio como que bloqueado para não alcançar a razão e deixar que os acontecimentos ocorram ao acaso como acontece no mundo dos irracionais. Nesse exato momento, nossa sociedade fervilha em torno da possibilidade de ter como autoridade máxima as pessoas imaturas de Eduardo Bolsonaro, Lula, Luciano Huck, ou Felipe Neto.

É, na religiosidade onde a falta de maturidade se mostra em todo seu esplendor. Nada mais é preciso do que ler a bíblia e acompanhar o procedimento das religiões através dos tempos para se tomar conhecimento de se tratar de farsa monumental que pode ser desmontada com a mesma facilidade com que são desmontados os truques dos mágicos. Conversar com estátua, comprar feijão santo, encarar com seriedade espetáculos mambembes dos cultos religiosos, construir templos monumentais para que milhares de pessoas façam orações ao mesmo tempo e depois estabelecer que só pode orar dois ou três de cada vez, são procedimentos só explicáveis pela imaturidade.


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