É tão admirável quanto revoltante a mansidão com que os seres
humanos se curvam ante o poder de parasitas que os exploram impiedosamente por
meio do famigerado sistema financeiro, invenção por meio da qual satanás
desmoraliza a ordem de deus para suar a cara a fim de comer o pão. Isto acontece
por viver a sociedade tão alheia à realidade que um intelectual do porte de
Ariano Suassuna, aos oitenta e cinco anos de idade, diz que o homem é tão
inteligente que não pode resultar da evolução de uma espécie inferior; uma
sociedade na qual criminosos fazem as leis que regulamentam o comportamento das
pessoas honestas de modo a permitir que eles vivam folgada e nababescamente às
custas de quem vive no sufoco e do suor da cara; uma sociedade que glorifica promotores
de atividades lúdicas e ignora promotores de atividades das quais resulta
benefício coletivo; uma sociedade que se fundamenta em três instituições falsas: governo, economia política e religiosidade.
Se a primeira, o governo, se resume num amontoado de
parasitas a vivendo em troca de promessas de bem-estar social que não podem ser
cumpridas porque para isso teria de usar corretamente o produto da arrecadação
dos impostos, o que é proibido pela segunda das falsas instituições, a economia
política, que tem por objetivo direcionar tais recursos para os infernos
fiscais daqueles que parasitam a sociedade com as bênçãos da terceira
instituição falsa, a religiosidade, que recomenda submissão às adversidades oferecendo a outra
banda da cara para apanhar outra vez porque uma vez só é pouco.
A religiosidade impede o predomínio da verdade e a
sobrevivência da falsidade. O filósofo Thomas Paine declarou o seguinte:
“Quando lemos as histórias obscenas, as libertinagens volutuosas, as cruéis e
traiçoeiras execuções, as vinganças impiedosas, que enchem mais da metade da
bíblia, pensamos que seria mais consistente chamá-la a palavra do demônio do
que a palavra de Deus. E o Mestre do Saber Vinicius Bittencourt na página 27 de
Francamente: “O povo quer ser iludido. Os padres e os pastores suprem esta
carência, fornecendo imposturas”. Mas a sabedoria dos sábios nada significa
para a ignorância dos ignorantes que determinam o destino do mundo.
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