quarta-feira, 12 de agosto de 2020

ARENGA 558

       Os seres humanos estão diante de dois obstáculos intransponíveis que os impedem de encontrar a tão sonhada felicidade cantada em verso e proza. O impasse número um é que não se pode encontrar o que não existe, como mostra o fato de deus só ter sido encontrado por alguém em histórias muitíssimo mal contadas como a de ter papeado com Abrão de dentro de um fogaréu. Também inexiste um estado duradouro de felicidade. Muitíssimo menos ainda esta infantilidade de felizes para sempre. O que as inocentes criaturas humanas chamam de felicidade são momentos agradáveis de bem-estar que além de passageiros têm suas ocorrências dificultadas pelos próprios seres humanos. O segundo impasse é colocar sua estabilidade emocional e material na dependência de uma instituição saída dos entre chifres de satanás a que se denominou de Economia Política.

            Se o primeiro impasse denuncia falta de discernimento, o segundo impasse levanta dúvidas quanto a sanidade mental de seres que põem sua estabilidade na dependência de uma instituição cuja existência exige a não existência do sentimento de irmandade sem o qual grassa a inquietação proveniente de desavenças resultantes da competição indispensável à economia tão sem pé nem cabeça que não pode funcionar não só sem destruir o meio ambiente d qual depende a vida, mas também sem dispensar a parceria com outra instituição não menos satânica que é a escravidão.

            Se lá no começo da parafernália em que se encontra enroscada a humanidade esta tal de economia não podia prescindir de escravos para produzir, atualmente, além destes, não pode prescindir também de escravos para comprar.

Como, segundo a boa filosofia, o tempo convence mais que a razão, desde que se tem notícia das loucuras humanas até o presente momento já decorreu tempo suficiente para que a humanidade se convença da necessidade de mudar o rumo que deu à sua existência tão desaprumada que embora pareça inverdade, certo povo foi transformado num paraíso para ladrões graças ao argumento de são se dever melindrar essa tal de economia, e, além disso, papagaios de microfone sustentam haver exagero na apuração de crimes contra o erário em opiniões trocadas pela garantia da despensa abastecida.  


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