sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

ARENGA 371


Qual a reação do povo, vendo todas estas manchetes? Pergunta o Jornal do Brasil. A matéria jornalística quer saber como o povo encara a situação atual de ter sido a política apossada por mafiosos, cujos crimes causam danos à sociedade infinitamente maiores do que os crimes praticados pelos criminosos comuns aos quais os papagaios de microfone se referem como monstros. Estes “monstros”, na verdade, foram levados à esta condição por decorrência da falta dos recursos subtraídos impunemente do erário pelos verdadeiros monstros tratados de “excelências”, que além do crime de latrocínio também cometem o crime de incentivo à criminalidade ao provar haver vantagem em ser criminoso. Ainda é fresca a história do tráfico de droga por helicóptero, impune por ser uma “excelência” o traficante. A pergunta sobre qual a reação do povo ante a criminalidade espantosa que assola o país parece ingênua porque povo não existe para reagir a coisa nenhuma. Ao contrário, através da História, povo sempre serviu de bucha de canhão, conduzido feito manada ao sabor de das pretensões de seus donos. A juventude, vítima de uma administração pública destinada a dar vida regalada aos administradores, além de fazendas, indústrias e riqueza, contenta-se em viver num mundinho de futucar zap-zap sem dar a mínima para o fato que deveria ser inaceitável de ter de ralar anos a fio se preparando para trabalhar duro a fim de conseguir um padrão de vida razoável enquanto jovens que nunca encostaram a bunda num banco de escola viram reis a esbanjar riqueza por chutar bola com destreza. Desse modo, a curiosidade do jornal sobre a reação do povo brasileiro ante o caos instalado na sua sociedade, pode-se garantir e assinar em baixo que não haverá reação alguma por estar cuidando dos preparativos para o carnaval, indiferente à realidade de ter à sua espera um corredor de hospital onde amargurar sua indiferença em relação à vida depois de passada a energia que faz endurecer o pau dos jovens e umedecer a vagina das jovens.

Em lugar algum do mundo a juventude foi capaz de perceber a imposição que pesa sobre ela de ser tão abnegada quanto Jesus Cristo e São Francisco, e paciente como Jó. Enquanto “excelências” criam a proteção do Foro Privilegiado e estende esta proteção a colegas de crimes criando ministérios a serem custeados pela juventude, os trabalhadores da segurança pública estão sendo enquadrados como criminosos por reivindicar um bilionésimo do padrão de vida das “excelências”. Inté.

 

 

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