sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

ARENGA 382


Refletindo a respeito do termo ECONOMIA conclui-se ser apenas mais um dos muitos equívocos em que se baseia a vida dos seres humanos. Ao contrário da sugestão inteligente e racional proposta pelo verbo economizar, no sentido de se usar com a devida parcimônia as coisas necessárias, a economia sugerida pelos sabujos dos reis Midas do Mundo, os papagaios de microfone, escritores e filósofos assalariados, ao contrário, sugere consumir perdulariamente tudo que as fábricas dos ricos donos do mundo produzem, ainda que desnecessárias como quase tudo que a manada abarrota as lojas para comprar em função da existência de um complô criminosamente arquitetado para deturpar a realidade. O escritor Edimilson Movér, na página sete do Ensaio ANTITRATADO DA ECONOMIA faz referência a esse complô num alerta sensato de quem pensa sobre o eminente desastre proveniente do comportamento insensato de quem por não pensar enfia a cabeça no buraco da burrice. Conclui o escritor. É realmente uma burrice maior que o próprio mundo a que envolve a massa amorfa e desprezível de povo, menos por ação sua, mas por uma omissão a que é levado graças ao trabalho nefasto dos deformadores de opinião que faz com que o povo viva numa alegria de débil mental que festeja a própria desgraça. A cultura que sempre orientou o comportamento humano baseada no tripé religião/necessidade de liderança/riqueza trouxe o mundo ao estado de desgraça em que se encontra. A coisa é tão sem pé nem cabeça que a maior parte dos seres humanos padece de sofrimento por não ter as coisas de que precisa enquanto a menor parte deles padece também de desassossego ante a iminência de ser vítima dos necessitados, resultando daí que o mundo se encontra mergulhado no padecimento por exclusiva sandice de gatos pingados possuídos pelo espírito de Midas que mesmo dispondo de imensas fortunas, como o jovem de olhos arregaladas e boca escancarada a berrar na revista IstoÉ que sua empresa dobrava a cada dez anos, mas que ele queria era muito, muito mais ainda.

Por força da doença que produz baba gosmenta de riqueza, monstros espirituais infensos à noção de sociabilidade se fazem arrodear de um séquito de deformadores de opinião que afirmam a troco de salário haver vantagem em destruir os recursos dos quais depende a vida do planeta, o que conseguem mantendo no ar a peteca do “pão e circo” martelado tão incansavelmente que pais de família nada veem de anormal em haver até Ministério do “Pão e Circo” consumindo fabulosas verbas enquanto o governo anuncia congelar por vinte anos gastos em educação e saúde, na contramão do crescimento populacional. É tudo parte do complô maldito a que se referiu o escritor Movér. Não podendo o ajuntamento de riqueza dispensar a prática de crimes porquanto assim como meu pai não dava conta sozinho de executar as tarefas da fazenda, também os Reis Midas do mundo não podem construir sozinhos suas imensas fortunas, razão pela qual se fazem arrodear de um bando de protetores especializados pelas Harvards do mundo em fazer crer que o errado é que é o certo. Afinal, é a troco destas mentiras que eles atendem suas necessidades. O jornal Estado de São Paulo (Estadão) publica o seguinte: “A empresa britânica Rolls-Royce negocia com o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) um acordo de leniência, espécie de delação premiada de pessoa jurídica, por meio do qual se compromete a confessar ilícitos, colaborar com investigações e ressarcir prejuízos ao erário”. Aí está, pois, para quem pensa que só por aqui os ricos são criminosos, o modo como se fazem as riquezas no mundo todo. Enquanto isso, o que faz a juventude em prol de um mundo melhor para seus filhos? Hein? Hein? Digaí? Inté.

 

 

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