terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

ARENGA 374


Com título “Filhos de pais não religiosos têm valores éticos mais fortes” que pode ser lido solicitando ao amigão Google o título, o jornal mineiro O TEMPO publica interessante matéria na qual se lê coisas assim: “Crianças que vivem em ambiente ateu podem se beneficiar da falta de fé, diz estudo dos EUA”. Ou assim: Um dos argumentos mais comuns aos que defendem a religião na vida de uma criança é que a fé ajuda a desenvolver fortes valores morais e éticos. Mas pesquisa da universidade do sul da Califórnia – O Longitudinal Study of Generations (Estudo Longitudinal de Gerações) -, que mapeou a relação entre a religião e a vida familiar na população norte americana por 40 anos, revelou que pais ateus tem conseguido melhor desempenho do que as famílias ligadas a alguma religião. Além disso, segundo o estudo, quando esses adolescentes tornam-se adultos, eles tendem a apoiar a igualdade feminina e os direitos dos gays, ser menos racistas, menos autoritários e em média mais tolerantes que os religiosos”.

Isto indica o começo de uma cultura capaz de levar a humanidade a reconhecer a realidade de ter vivido desde sempre uma irrealidade. Só o fato de um jornal da sociedade mineira conhecida por seu conservadorismo publicar assunto pertinente à realidade da irrealidade que é a religião, admitindo que as crianças com formação sem influência da religiosidade tem formação moral superior é algo alvissareiro para o futuro humano porquanto a religiosidade é a causa principal do impedimento da evolução mental dos seres humanos. “Nones” é a denominação atribuída às pessoas que se aderem à nova cultura que se ainda não é considerada contrária à religiosidade, como explica a amiga Wikipédia se lhe for apresentado o tópico NONES, pelo menos é a indiferença à religiosidade, o que já é um grande avanço contra o predomínio dos religiosos ignorantes da realidade da vida, principalmente por ser cada vez mais forte este movimento nos Estados Unidos, país até então de religiosos tão fanáticos que o jovem filósofo Sam Harris, no livro Carta a Uma Nação Cristã, se mostra preocupado com o destino de seu país tendo seus líderes escolhidos por pessoas inocentes como são os religiosos. Se não se trata ainda de um movimento antirreligioso, o fato de não incutirem os pais a religiosidade na inocência de suas crianças será o mesmo que decretar o fim da religiosidade porquanto a religiosidade só existe por se ensinar às crianças sobre Deus e o batalhão de santos que aumenta a cada vez que o Papa transforma a lembrança de algum morto em mais uma divindade para ser ajudante de Deus.

De várias frentes surgem movimentos enfraquecedores da religiosidade. Em observância à resolução da ONU, o governo brasileiro, pelo artigo 18, parágrafo primeiro, do Decreto 592, de 06/07/92, estabelece que toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, inclusive no que diz respeito à religiosidade, o que evidencia o declínio do fanatismo religioso grandemente prejudicial a uma evolução intelectual capaz de permitir a compreensão da necessidade de haver harmonia entre os seres humanos, graças à ação maligna das irmãs gêmeas religião e política, voltada exclusivamente para infernizar a vida dos seres humanos como fomentadoras de guerras e da ignorância da qual ambas se alimentam. A História registra um fato ilustrativo a esse respeito denominado AS DOAÇÕES DE PEPINO, O BREVE. A safadeza se deu da seguinte forma: Com ajuda da força da religião, o Papa persuadiu o rei a virar monge e o substituiu por Pepino, o Breve, grande conquistador. Em recompensa, o novo rei invadiu a Itália, derrotou os lombardos, tomou várias cidades e as ofereceu de presente ao Papa, com o que se iniciou o poder temporal da igreja, definido pelo historiador Henry Thomas na página 230 do livro História da Raça Humana como influência poderosa e perniciosa na política mundial.

Por fim, como alento para quem aprendeu ser socialmente prejudicial a religiosidade, contrastando com a força que ela tinha quando não se admitia a ninguém discordar dela sob pena de virar cinzas, embora mais lentamente do que devia, vem sendo superada a estupidez de ser alguém forçado a pensar de determinada forma porquanto o pensamento não obedece imposição. Contrastando com a estupidez atual dos chineses em destruir a natureza para se tornar mais um império a ser também destruído, a sabedoria de Confúcio parece ter influenciado algo por lá uma vez que o artigo 46 da Constituição chinesa tanto estabelece liberdade para não se acreditar em religião, quanto propagar o ateísmo, coisa impensável nos tempos em que o mundo todo pensava como ainda pensam os idiotas que levam seus filhos para as igrejas. É alvissareira a notícia de se estar sendo retiradas as ataduras que mumificam a cultura. Inté.    

 

 


 

 

 

 

 

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