terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

ARENGA 379


De acordo com o que diz o historiador Burns na página 872 do segundo volume de História da Civilização Ocidental, a implantação do brutal regime fascista italiano contou não só com a aprovação, mas também com a participação da juventude daquele país, o que leva à conclusão de não ter a juventude em qualquer parte do mundo discernimento mental bastante para compreender que a vida demanda a necessidade de paz e entrosamento entre os seres humanos. Na página 876 o autor descreve as atrocidades dos fascistas sobre quem pensasse diferente deles, entre as quais espancamentos, arrancar dentes, ingestão forçada de óleo de rícino, rapto e assassinatos, estupidez que só encontra equivalência na religião, onde alguém é obrigado a pensar de determinada forma, como se o pensamento pudesse obedecer ordem para pensar assim ou assado. Inúmeras evidências provam que a mentalidade jovem se equivoca tanto quando age positivamente como fez ao participar da brutalidade italiana do fascismo quanto se equivoca também ao omitir como se omite a juventude brasileira quando se recusa a participar da política, omissão da qual resulta a infelicidade da transformação da Ciência Política em reles politicagem e estraçalhamento do erário, causa exclusiva dos choros e medos que a todos infelicitam. Enquanto as “excelências” atocham o ferro no rabo da juventude através dos lucros bancários, da privatização da previdência, da transformação da saúde, educação e segurança em negociatas, do foro privilegiado, da elaboração de leis protetoras dos esfaceladores do erário, da venda do território brasileiro como mostra matéria no jornal O Globo, intitulada GOVERNO QUER LIBERAR VENDA DE TERRAS AGRÍCOLAS A ESTRANGEIROS. Apenas o zero do Enem pode justificar tamanho desinteresse da juventude por tais assuntos, dando preferência às igrejas, ao axé, ao futebola e se derrete por “famosos” e “celebridades”.

Enquanto a juventude brasileira chafurda na ignorância política, acontecem coisas que inviabilizam seu futuro como as coisas mostradas na matéria do jornal Folha de São Paulo, da autoria do filósofo Vladmir Safatle, intitulada A RECEITA PARA DESTRUIR UM PAÍS, onde aparecem coisas assustadoras como esta: Nos últimos dias, o Banco Mundial divulgou uma análise segundo a qual espera que, até o final do ano, 3,6 milhões de pessoas voltem à pobreza no Brasil”. Absolutamente nada a não ser os desmandos provenientes do analfabetismo político da juventude justifica a alegada falta de dinheiro para coisa nenhuma. Toda a dificuldade provém do esfacelamento do erário, assunto que nem de longe interessa aos jovens imbecis em sua eterna estupidez de acreditar nunca lhes chegar a necessidade de assistência hospitalar que não encontrarão devido a seu desinteresse político que permite aos ladravazes se locupletarem impunemente enquanto os jovens se deixam iludir com o pão e circo. Se a vida no mundo tem sido um mar de lágrimas, tal fato se deve ao fato de ter sido o mundo um palco de guerras. Assim, é preciso repetir à exaustão a necessidade de se imbuírem os jovens do nobre sentimento de cidadania por ser o único meio de tirar das imbecilidades a vitalidade jovem e orientá-la no sentido de fazer um mundo de paz, sem medo e sem tantos sofrimentos evitáveis. Inté.  

 

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