De acordo
com o que diz o historiador Burns na página 872 do segundo volume de História
da Civilização Ocidental, a implantação do brutal regime fascista italiano
contou não só com a aprovação, mas também com a participação da juventude
daquele país, o que leva à conclusão de não ter a juventude em qualquer parte
do mundo discernimento mental bastante para compreender que a vida demanda a
necessidade de paz e entrosamento entre os seres humanos. Na página 876 o autor
descreve as atrocidades dos fascistas sobre quem pensasse diferente deles,
entre as quais espancamentos, arrancar dentes, ingestão forçada de óleo de rícino,
rapto e assassinatos, estupidez que só encontra equivalência na religião, onde alguém
é obrigado a pensar de determinada forma, como se o pensamento pudesse obedecer
ordem para pensar assim ou assado. Inúmeras evidências provam que a mentalidade
jovem se equivoca tanto quando age positivamente como fez ao participar da
brutalidade italiana do fascismo quanto se equivoca também ao omitir como se
omite a juventude brasileira quando se recusa a participar da política, omissão
da qual resulta a infelicidade da transformação da Ciência Política em reles
politicagem e estraçalhamento do erário, causa exclusiva dos choros e medos que
a todos infelicitam. Enquanto as “excelências” atocham o ferro no rabo da
juventude através dos lucros bancários, da privatização da previdência, da
transformação da saúde, educação e segurança em negociatas, do foro
privilegiado, da elaboração de leis protetoras dos esfaceladores do erário, da
venda do território brasileiro como mostra matéria no jornal O Globo,
intitulada GOVERNO QUER LIBERAR VENDA DE TERRAS AGRÍCOLAS A ESTRANGEIROS.
Apenas o zero do Enem pode justificar tamanho desinteresse da juventude por
tais assuntos, dando preferência às igrejas, ao axé, ao futebola e se derrete
por “famosos” e “celebridades”.
Enquanto a juventude
brasileira chafurda na ignorância política, acontecem coisas que inviabilizam
seu futuro como as coisas mostradas na matéria do jornal Folha de São Paulo, da
autoria do filósofo Vladmir Safatle, intitulada A RECEITA PARA DESTRUIR UM
PAÍS, onde aparecem coisas
assustadoras como esta: “Nos últimos dias, o Banco Mundial
divulgou uma análise segundo a qual espera que, até o final do ano, 3,6 milhões
de pessoas voltem à pobreza no Brasil”. Absolutamente nada a não ser os desmandos provenientes do analfabetismo
político da juventude justifica a alegada falta de dinheiro para coisa nenhuma.
Toda a dificuldade provém do esfacelamento do erário, assunto que nem de longe
interessa aos jovens imbecis em sua eterna estupidez de acreditar nunca lhes
chegar a necessidade de assistência hospitalar que não encontrarão devido a seu
desinteresse político que permite aos ladravazes se locupletarem impunemente
enquanto os jovens se deixam iludir com o pão e circo. Se a vida no mundo tem
sido um mar de lágrimas, tal fato se deve ao fato de ter sido o mundo um palco
de guerras. Assim, é preciso repetir à exaustão a necessidade de se imbuírem os
jovens do nobre sentimento de cidadania por ser o único meio de tirar das
imbecilidades a vitalidade jovem e orientá-la no sentido de fazer um mundo de
paz, sem medo e sem tantos sofrimentos evitáveis. Inté.
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