Como
qualquer outro folião, políticos também têm o direito de curtir o carnaval, de dançar,
pular, paquerar, beber. Isto aí faz parte de matéria
no jornal Folha de São Paulo, evidência de que quem escreve por força de um
contrato de trabalho escreve sem pensar, daí imbecilidades desse tipo. Se os
políticos podem se auto intitular deuses, e Brasília, o seu Monte Olimpo; se um
simples “nego as acusações” convence a justiça de sua inocência; se transformam
em juiz o correligionário para julgá-los; se têm duzentos e vinte milhões de
brasileiros dispostos a não deixar lhes faltar nada, alguém é capaz de imaginar
alguma coisa a que político não tenha direito? Paquerar? Curtir carnaval?
Beber? Tá de brincadeira! Isso é fichinha prá político! Político tem direito a
aviaozão e secretária prá trepar no azul do céu. Têm direito a surubas e
cardápios milionários. Têm direito de traficar droga e influência através de “mulas”.
O direito ao carnaval, na verdade, considerado por quem escreveu a
matéria como exclusivo do povo ou ralé, no meio da qual mulheres se pavoneiam
pelo fato de esfregarem suas aranhas, esse direito é dado ao povo pelos
políticos. São eles os mantenedores do pão e circo. Se apenas um ou outro se
mistura com a malta desprezível, o faz a contragosto. Como disse o general
Figueiredo, que já começa a deixar saudade, cheiro de cavalo é preferível a
cheiro de povo. Os que não saltitam no meio da massa repugnante é porque têm
coisas a fazer mais importantes para suas contas bancárias como, por exemplo, a
reforma da previdência que lhes renderá polpuda comissão do sistema bancário
que já esfrega as mãos e baba a baba gosmenta de monstro capaz de se comprazer
com a miséria de quem lhes deu a vitalidade e recebe em troca uma velhice desassistida
para amargar, destino para o qual ruma a massa amorfa dos bichos carnavalescos
que por não poderem raciocinar, privilégio que a natureza nega aos jovens,
desconhecem completamente a realidade da vida. Vez em quando, entretanto, como
acontece nesse exato momento, em matéria publicada no jornal Estadão, para
algum conforto espiritual de quem pensa, alguns gatos pingados, talvez até
mesmo carnavalescos estes gatos pingados, demonstram alfabetização política ao
caírem de pau prá cima do banqueiro Nelson Jobim, que, temendo como todo
banqueiro teme a Operação Lava Jato, dá entrevista àquele jornalão condenando o
trabalho dos bravos jovens que buscam a moralização política temida pelos
depredadores do erário. Por amarem seus filhos, os jovens da Lava Jato pensam também
nos filhos dos adoradores de igreja, axé e futebola que não têm quem pense
neles. Com justificável medo dos defensores de uma Nação Brasileira que
substitua a República de Bananas, dos heróis em busca de um Estados Unidos do
Brasil em vez do Brasil dos Estados Unidos, covarde e cretino como todo
surrupiador, o banqueiro/ministro/jurista Nelson Jobim afirma que os jovens da
Lava Jato estão atrás é de fama em vez de moralização política, e os aconselha
a buscarem biografias na política e não no judiciário, sem se dar conta de que
da biografia de político exala podridão moral.
Por força da podridão moral dos políticos, o relator da reforma
previdenciária pedida pelos banqueiros, um dos Maias brasileiros que matariam
de vergonha os Maias portugueses do livro Os Maias de Eça de Queiroz, está
propondo o fim da isenção tributária que beneficia as entidades filantrópicas.
Diz ser uma vergonha que tais instituições não recolham os impostos que
deveriam. Claro que rola malandragem nas entidades filantrópicas por serem as malandragem,
a safadeza, a falta de vergonha, a desonestidade e a imoralidade parte
integrante da cultura do brasileiro. Entretanto, por menor que seja, em algo de
concreto as entidades filantrópicas beneficiam o bicho povo, ao contrário das
igrejas que só beneficiam as falcatruas dos politiqueiros ao fomentar o
analfabetismo político que tanto serve à corrupção, prejudicando, portanto, o
povo, não recolhem imposto nenhum, mas o Maia de triste memória não vê nenhuma
falta de vergonha nisso.
É também a podridão que faz cair aos pedaços a política o motivo da
notícia noticiada no jornal Folha de São Paulo de estar o presidente Temer
conquistando deputados de pouca expressão com paparicos e atenção visando obter
apoio para suas pretensões privatizantes do interesse de banqueiros , o que deixa
quem pensa com uma interrogação preta em cima da cabeça uma vez que a função de
presidente da república é buscar atender as reivindicações do bicho povo, o que
leva à conclusão da necessidade de mudar de rumo a política, mesmo porque o
mesmo jornal Folha de São Paulo dá notícia de que sem Padilha, cresce o isolamento
e dependência do presidente Temer, o que escancara que o presidente fica de pé
e mão atados se não estiver apoio de ladrão. Mas, o fato de terem sido
rechaçadas as safadezas do Jobim injeta algum ânimo na esperança de quem deseja
um Brasil que mereça orgulho. Inté.
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