Na página
61 do livro Fundamentos do Direito, Editora Martin Claret, no capítulo 10, intitulado
Doutrinas Teocráticas, seu autor Léon Duguit afirmou há mais de cem anos que a
teoria de ser a assunção ao poder político determinada por um poder divino já
se encontrava condenada pelo caráter não científico, razão pela qual merecia
interesse apenas do ponto de vista histórico. Na página seguinte o autor deu um
exemplo da influência negativa exercida sobre a política pela crença que atribuía
a Deus o poder de investir no homem o direito de governar, ficando tal crença
sobejamente demonstrada no célebre edito do rei Luís XV, datado de dezembro de
1770, onde se lê: “Só de Deus recebemos
a nossa coroa: o direito de fazer as leis pertence-nos a nós somente, sem
dependência e sem partilha”. A percepção da realidade da vida, infelizmente
demasiadamente vagarosa, mostrou ser falsa a afirmação de provir de Deus o
poder do governante, crendice que, segundo a História, entre os reis egípcios
ou faraós, o casamento tinha de ser entre membros da família do faraó,
inclusive entre irmãos, para não macular a linhagem de sangue divino. A ser
verdade esta afirmação histórica, deveria haver muitos descendentes
malformados. Entretanto, pessoa de poucos conhecimentos, nada sei a respeito. Mas,
constatado o abandono da crença da intervenção divina nos assuntos políticos
por seu caráter anticientífico, por que, então, não bani-la por completo se também no que diz respeito à existência da vida a falsidade religiosa atribui à divindade enquanto a ciência prova que ela decorre da união do óvulo e do espermatozoide, realidade também verificada entre os bichos? Quanto menos desprovidas de
conhecimento as pessoas, mais fácil de serem enganadas, realidade também
irrefutável dada a facilidade com que são enganadas as crianças. Decorrido
tanto tempo do tempo em que se acreditava que o rei era também um deus, já é
tempo de também se perceber a bobagem que é essa história de Deus porquanto está aí à vista de quem tiver olhos prá ver a realidade de ser maior a infelicidade onde maior também é a crença nesse Deus imaginário que serve para locupletar espertalhões aproveitadores da falta de discernimento dos frequentadores de igreja que desempenham papel de completos idiotas sustentando uma
parafernália religiosa tão perdulária e inútil quanto as cortes medievais a
valsar em imensos salões. Prova cabal de ser a religiosidade fruto da ignorância é a realidade indiscutível de ser mais fácil encontrar Jesus Cristo debaixo de uma cruz e chibatadas do que encontrar um ateu analfabeto. Inté.
Será necessário haver tanta pobreza, choro, sofrimento? Que jovens pobres tenham que se endividar para estudar? Estará certa a conduta tradicional de terem as pessoas de trabalhar para sustentar as autoridades vivendo em palácios e com todas as suas necessidades pagas, inclusive riqueza pessoal para levar quando deixarem seus postos de trabalho? Há necessidade de tantas autoridades? Que tal matutarmos sobre estas coisas? Este é o objetivo deste blog. Nenhum mal haverá de fazer.
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