Quando uma
igreja desaba sobre a malta imbecil de frequentadores, ou quando uma bomba os
manda para os ares, o que não deixa de ter seu lado positivo apesar da tristeza
que causa a supressão do futuro das inocentes criaturazinhas sacrificadas por
seus pais ignorantes que as levam para a morte, tais acontecimentos lembram a
possibilidade da existência de um Deus do tipo daquele Deus inventado pelo
cartunista Henfil, porque também se fala num Deus criado por Einstein. O fato horroroso de matar criancinhas
inocentes nos desabamentos das igrejas e nas explosões de bombas não seria
motivo de impedimento para a existência do Deus de Henfil uma vez que o Deus
dos imbecis das igrejas também era indiferente à morte de crianças e as matou
aos montes. O Deus do genial Henfil seria aquele da historinha em que o
fradinho Baixim cospe no fradinho Cumprido. Algumas das muitas peripécias dos
fradinhos do Henfil podem ser vistas propondo ao amigão Google OS FRADINHOS. A
historinha que sugere um Deus de Henfil se passa quando o Baixim cuspia para
qualquer direção e o cuspe fazia a volta e atingia o Cumprido que, resignadamente
como todo carola, dizia coisas mais ou menos assim: “Perdoai-o Senhor” ou então:
“Ele não sabe o que faz”. De repente, como se Deus tivesse ficado de saco cheio
de tanta subserviência e resignação, uma enorme cusparada caiu do céu sobre o
Cumprido. É um Deus assim, capaz de cuspir sobre o conformismo diante dos
desmandos e iniquidades que se pode imaginar o Deus de Henfil a derrubar
igrejas e orientar desorientados a jogar bombas sobre os estúpidos conformados
com todo tipo de maldade que lhes impõem seus algozes, as “autoridades”.
A carga
imposta pelas “excelências” à sociedade precisa ser jogada no chão como fez o
burrico do poeta Elomar Figueira na canção Peão na Amarração. Desceu ao fundo
do poço das indignidades o comportamento daqueles que se dizem líderes dessa
sociedade de frequentadores de igreja, axé e futebola. Os três poderes
uniram-se numa promiscuidade escancarada. Os ministros da mais alta corte de
justiça, o Supremo Tribunal Federal, são indicados pelos politiqueiros acusados
de crimes contra a administração pública, configurando-se uma situação
esquisitamente aceita pacificamente em que julgados por crimes cometidos contra
a sociedade escolhem seus julgadores. Uma colherzinha de chá sobre a falta do
pudor indispensável ao judiciário pode ser vista no blog Conversa Afiada, do
Paulo Henrique Amorim, pedindo ao amigão Google o seguinte: FUX FAZ FESTÃO EM
CASA DE ADVOGADO. A aberração denominada Foro Privilegiado também escancara a
falta de sinceridade de uma justiça que sob a desculpa de não ser possível
julgar todos os crimes dos administradores públicos, isenta-os de julgamento
através da prescrição. O temperamento explosivo de homem sincero do doutor
Joaquim Barbosa, certa vez, exigiu respeito por parte do ministro Gilmar Mendes
dizendo que ele não lidava com um dos jagunços de sua fazenda. É tudo uma
balbúrdia. Por que ministro do STF precisa de fazenda? Por que empresários
milionários precisam de emprego público? O ministro Marco Aurélio Mello aprovou
a atitude antissocial do presidente da república criando um ministério para através
da excrescência do Foro Privilegiado abrigar um correligionário contra as investigações
da Operação Lava Jato. Enquanto isso, os assuntos aos quais se ligam os jovens
são coisas assim: Cleo Pires posta foto
nua e é elogiada na internet, notícia acompanhada da foto da atriz nua, mas
com as pernas fechadas. Ficaria ridículo se as abrisse e escancarasse a xoxota?
Que esperar de uma juventude incapaz de perceber estar correndo o mesmo risco
dos jovens da França de 1789, ou da Rússia 1917? Inté.
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