sexta-feira, 3 de julho de 2020

ARENGA 623


Se houver algum jovem entre aqueles que leem as bobagens aqui publicadas por obra e graça da internete, porque há gatos pingados bobos o bastante para isso, algum dia este jovem chegará à conclusão de apesar de ser mal amanhada a forma de dizer,  o conteúdo do que é dito aqui contém alguma luz ainda que de candeia a iluminar um caminho para um mundo com menor dose de infelicidade. Talvez à simplicidade e à forma tosca se deva a insignificância do que dizemos, porquanto enraizado é o hábito de haver necessidade da linguagem rebuscada dos intelectuais para fazer-se digno de crédito.
O que que fazemos é tentar mostrar aos seres humanos ser absolutamente impossível virem com menos motivos para lágrimas enquanto tiverem o destino traçado por enganadores fantasiados de líderes, porquanto o tipo de educação que forma a personalidade humana impossibilita a formação de outro tipo de personalidade senão o de cínico enganador por força do convencimento de estar na capacidade de angariar riqueza a confirmação de ter obtido sucesso na vida.
 Estaríamos sendo completos imbecis se nos arvorássemos a apresentar solução para os problemas do mundo. Mas não há imbecilidade em tentar despertar para existência de algo muito errado por trás da passividade e indiferença com que os seres humanos se deixam enganar, permitindo que enganadores profissionais travestidos de líderes decidam seu destino.
Não faz muito tempo foi levada a público a título de propaganda a imagem de um pretendente ao posto de líder maior da nação ao lado de um iletrado jogador de futebola. Atualmente temos publicada a imagem do ocupante deste posto de líder maior da nação ao lado de um estelionatário chefe religioso que vende feijão com poder de cura, o que significa identidade de personalidade entre o presidente e o estelionatário.
 A indiferença com que tais ocorrências são encaradas pelo povo indica na direção de inexplicável desinteresse em relação à qualidade de vida porque do contrário ninguém deixaria de perceber que um iletrado jogador de bola não tem qualificação intelectual para sugerir qualidade de liderança política em alguém e nem ser possível haver feijão com poder de interferir na saúde além da alimentícia.
Desta forma, havendo aceitação por parte dos aproveitados de uma liderança exercida por aproveitadores, perpetuar-se-á indefinidamente a sociedade humana dividida entre aproveitados e aproveitadores, o não é bom nem para uns e nem para outros, como se vê da infelicidade que grassa mundo afora cada vez com maior vigor.
Sabendo existir o problema, se não se pode saber a solução, pode-se ter absoluta certeza de não se chegar a ela sem interesse em encontrá-la. Inté.     

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