Pensar sobre o comportamento humano
de se deixar levar feito manada, inteiramente alheia ao destino, me levou um
dia a ver a humanidade como imensa plateia hipnotizada por um hipnotizador
disposto a fazê-la se comportar como idiota. Vai daí que em função da
facilidade com que o cérebro pode ser manipulado, como prova o sucesso das
propagandas ao fazer comprar coisas desnecessárias, levar à passividade com que
as pessoas enriquecem “famosos” e “celebridades”, produzir a ânsia pela posse
de riqueza ilimitada, entre tantas outras sandices. Desta forma, as pessoas que sonham com uma sociedade menos
irracional, mas que encontram resistência feroz da parte do próprio povo a ser
beneficiado com a realização deste sonho, devem estes sonhadores se ligar na hipótese
do hipnotismo para justificar a ojeriza ao ideal de justiça social
materializada no pavor demonstrado pelos papagaios de microfone às palavras
comunismo e socialismo. Tal repulsa por parte do povo corresponde à
bestialidade da fera que ainda estando em perigo desfere golpe mortal em quem
procura protegê-la. Não é uma possibilidade ser tal procedimento provocado por
ação de hipnotismo?
Daí dever se ligar nesta possibilidade
aqueles que buscam substituir por justiça a injustiça social que apesar de infelicitar
a sociedade humana é por ela defendida com tal garra que pregadores de ideias
de justiça social, a exemplo de Cristo, têm sido submetidos a prisão, tortura e
morte.
Assim como não se pode negar que a
humanidade caminha por caminho errado, é preciso reconhecer a inutilidade de
esperar que autoridades indiquem o caminho certo porque elas são submissas aos
monstros ajuntadores de riqueza de cuja boca escorre baba de dragão conhecidos
por banqueiros e grandes empresários, agiotas que parasitam o sistema
financeiro para quem não deve haver limite para a quantidade de dinheiro a ser
açambarcada a qualquer custo.
Não sendo de se esperar que as
autoridades livrem o mundo destes monstros de cuja ação decorre a fome,
miséria, doenças, violência e destruição da natureza, resta à própria
humanidade fazê-lo. Como, entretanto, só se procura corrigir algo que se sabe
estar errado, em vez de “Best-Sellers” sobre política, economia e o diabo a
quatro, é importante que intelectuais honestos consigo mesmos procurem fazer
com que a juventude se ligue nestes assuntos. É nela que está a força que move
o mundo, infelizmente neutralizada pelo poder de forças ocultas que já não são
mais tão ocultas assim, desde que se despreze a recomendação religiosa de não
se especular sobre os mistérios de deus, de imensa importância à conveniência
de interesses escusos.
Daí que a convocação não deve ser
para que os jovens do mundo se unam, mas que, individualmente, pensem.
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