Quando os papagaios de microfone não
podem deixar de admitir a necessidade de se combater a corrupção, obrigados
pela realidade de ter limite a burrice da massa bruta de povo, depois da
admissão não deixam de acrescentar um “mas” que se faz seguir de um desfile de argumentos absolutamente capciosos sobre haver
necessidade de restrição à perseguição de corruptos. Tais argumentos, na
verdade, significam não se poder dispensar o não-me-toques e finura quando se
trata de ricos.
Embora os igrejistas, futebolistas e
axesistas nem de longe percebam, este “mas” da papagaiada de microfone tem
grande significação. Esconde a causa da pobreza no mundo e de todos os males
que têm origem na pobreza e que são, na verdade, a maioria absoluta deles. Consumindo os recursos públicos de maneira
avassaladoramente impeditiva de poder haver bem-estar social a corrupção é a
mãe, pai e avô de tudo que é ruim na sociedade. Se no dicionário o termo corrupção
está ligado a podridão, como entender que se negue a necessidade de extremo
rigor no tratamento para quem substitui por podridão a nobreza da atividade
política responsável por nos assegurar paz e tranquilidade?
Seguinte: quando Platão disse que a
direção em que a educação inicia um homem determinará seu futuro na vida, muito
antes que a obtusidade dos seres humanos lhes permitisse perceber, Platão
avisou à humanidade que o adulto é o resultado do que aprendeu quando criança. Assim,
se no sistema capitalista as crianças aprendem a necessidade de deus, riqueza e
competição, o resultado são adultos com uma espada em uma das mãos e uma bíblia
na outra se engalfinhando numa disputa tão insana por riqueza que se
aproveitaram da condição de manada da humanidade e instituíram a profissão de
papagaios de microfone e de advogados famosos a ser exercida por pessoas
inteligentes e bem-falantes que lhes apoiam ferrenhamente no objetivo de
ajuntar riqueza ainda que por meio de crimes.
Cabe, pois, à humanidade, aprender a
pensar para poder perceber o tamanho da malandragem em que está envolvida de
forma tão espetacular que os seres humanos preferem se ligar em “famosos”,
“celebridades” e reis de pau oco do que no futuro dos filhos.
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